terça-feira, 19 de outubro de 2010

As Aventuras de Naty ; Cap 15



No Hospital Sírio-Libanês, se encontrava a mãe de Lucas, Dona Célia, completamente desolada e completamente só. Caminhava de um lado para o outro no corredor que dá para a ala da UTI, onde é proibida a entrada.

Ela ainda não havia visto o seu filho desde aquela manhã em sua casa antes dele sair para o colégio. Não fazia a menor idéia do problema que seu filho estava envolvido até o momento que recebeu uma ligação em seu trabalho da diretora da escola onde ele estudava, relatando os fatos com muita calma. Dona Célia, não suportou a notícia e quase desmaiou. Um colega de seu trabalho que trabalha ao lado dela é que a acudiu e pegou o telefone e anotou o resto da informação passada pelo colégio. Na confusão, outros colegas de trabalho se amontoram à volta de Célia e tentavam saber o que havia acontecido. Uma colega trouxe-lhe água com açúcar para acalmá-la, mas não era um cópo de água doce que iria acalmá-la, ela queria ver o filho. Quando ela voltou a si totalmente, levantou-se abruptamente e disse a todos que iria ao hospital ver o filho que acabara de ser baleado em plena escola. Todos os seus colegas ficaram pasmos com a notícia e imediatamente começou o murmúrio. Quando se deram conta, ela já havia descido pela escada, mas ninguém notou e começaram de certa forma a indagar quem deveria ter a acompanhado.

Célia, apesar de muito nervosa, resolveu não ir de carro e ir de taxi, pois sabia que não estava em condições de dirigir. Ela queria ver o filho que precisava dela. Seu coração estava apertado. Não entendia o porquê do seu filho baleado, principalmente dentro da escola.

Era hora do rush na cidade de São Paulo. Cruzar a cidade para chegar em seu destino em pouco tempo era um exerecício de paciência e também necessitava de uma ajuda dos céus, pois somente um milagre é que faria ela chegar com menos de uma hora no hospital. Célia fez sinal a um taxi que parou prontamente, que já era um milagre conseguir um tão rápido naquele horário, ao entrar no taxi branco com vidros fumê e ar condicionado, sem olhar para o motorista falou, para ele ir imediatamente para o Hospita municipal o mais rápido possível e depois disso pôs-se a chorar. O motorista do taxi, tinha uns 55 anos, e uns 30 anos de taxista. Ele a observou pelo retrovisor interno enquanto se encaminhava para o hospital. Após uns minutos ele perguntou a Célia o que havia acontecido de tão grave. Neste momento ela chorou mais a ponto de soluçar. Seu pensamento e coração não estava ali e sim em seu filho que estava só em um hospital municipal. Ela tinha em mente, todos as notícias ruins sobre esses hospitais públicos que penam por falta de verdas orçamentárias do governo. E pensava, “... meu filhinho naquele lugar, sozinho e com frio ...”. Ela não sabia ainda que seu filho além de baleado estava em coma. Até por falta de informação naquele momento pela diretora da escola. Neste momento lembrou que não havia respondido ao motorista, aí levantou e contou a ele o que havia ocorrido. Haviam se passado uns quinze minutos mais ou menos desde o momento em que entrou no taxi. O senhor muito atencioso, respondeu-lhe para que ela orasse em prol de seu filho, pois Deus ama as crianças, e que ela agarrasse em sua fé. Ela olhou para aquele senhor através do retrovisor e agradeceu a gentileza de suas palavras e abaixou a cabeça e começou a rezar.

Mais uns 15 minutos o senhor parou e disse que já estavam no hospital. Ela abriu os olhos sem acreditar, como era possível aquele senhor chegar tão rápido. Ela perguntou a ele o quanto havia sido a corrida. Ele respondeu que a oração dela ao filho era o pagamento e neste momento ele deu a ela o cartão dele e disse:

- Por favor senhora, estarei a sua disposição a qualquer hora do dia ou da noite. Eu sei que a senhora e seu marido vão precisar de auxílio. Basta me ligar que eu estarei logo aqui.

- Muito obrigado, mas o senhor vive de seu trabalho, me diga quanto é por favor. – disse ela já abrindo a porta do carro com a mão na carteira.

- Moça, por favor, vá ver seu filho agora, ele precisa da senhora. Me ligue assim que precisar.

- Obrigado, o senhor deve ser um anjo. Obrigado. – e ela saiu imediatamente ao hospital, mas pensado naquele senhor tão amável e prestativo. Mais um milagre.

Ao entar, percebeu que não era assim tão ruim quanto falam. Tinha fila, pessoas esperando, mas o pouco que deu para notar era um lugar limpo e organizado. Ela foi em direção a recepção e pediu informações, que logo fora prontamente respondida. Ela foi encaminha imediatamente ao andar da UTI, onde se encontrava o seu filho.

Na recepção do andar da UTI, foi recepcionada pelo médico plantonista, parecia ter uns quatro anos de formado, mas com ar altivo e competente, sabedor de suas obrigações como médico, que lhe explicou calmamente o estado de seu filho.

Aos prantos ela foi recebendo a notícia e tentando ainda manter-se sóbrea para poder tomar decisões. Ela não tinha ninguém ali para auxiliá-la. O médico havia-lhe dito que a situação clínica do filho era estável, mas se encontrava em coma. Ela não conseguia entender a estabilidade se o filho estava em coma. O médico, apesar de ser bem detalhista, não era mãe daquela criança e não poderia entender que estabilidade significava pra ela, seu filho está vivo, salvo e pronto para ir para casa.

Apesar disso, ela tinha que tomar uma decisão que era autorizar a transferência de seu filho para um hospital com um atendimento neuro-cirúrgico. “Como saber qual o melhor hospital?” pensava ela. O médico parecia ler a mente dela e perguntou:

- A senhora tem plano de saúde?

- S..Sim! – respondeu ela, fitando o médico com seus olhos enxarcados de lágrimas.

- Okay, por favor me dê sua carteirnha que eu providenciarei o melhor hospital. – falou o médico.

Ela pegou em sua bolsa a carteira abriu-a e retirou a carteirinha do plano de saúde e deu ao médico e disse:

- Muito obrigado doutor, o senhor é um homem muito bom. – disse ela ao médico que pontamente pegou a carteirinha e foi até ao balcão, nesse momento ela perguntou a ele:

- Doutor, posso ver meu filho? – falou ela com uma esperança inabalável.

- Minha senhora, infelizmente não posso autorizar a sua entrada na UTI. Mas acalma-se, como lhe falei, os sinais vitais de seu filho estão estáveis. Vamos resolver o hospital, tá bom?

- Tá bom doutor. – Disse ela e logo após baixou a cabeça e recomeçou a chorar.

Após uns 10 minutos o médico se aproximou e disse:

- Senha Célia, o seu filho será transferido para o melhor hospital de São Paulo, o Sírio-Libanês, para esse tipo de caso. Este hospital já está enviando uma ambulância UTI para transportar o seu filho para lá em segurança. Pode ficar tranquila, seu filho será bem cuidado lá.

- Muito obrigado doutor, não tenho palavras para agradecê-lo pelo que fêz pelo meu filho. – ela o abraçou como se estivesse abraçando o seu filho.

- Obrigado senhora Célia, mas não fiz nada a mais que minha obrigação. Seu filho é forte e vai conseguir passar por essa. Acredite em milagres, pois eu já vi muitos. – disse o médico a Célia.

- Eu sei, e acredito, pois os milagres estão acontecendo e o senhor é um desses milagres. Meu filho é muito bom e sei que Deus irá abençoá-lo com a vida. – falou ela com um ar mais esperançoso. Neste momento o médico agradeceu e falou:

- Senhora Célia, por favor, aproxime-se da recepção e vamos preencher os documentos de transferência de seu filho, para não atrasarmos quando a ambulância chegar. Outra coisa, nessa ambulância, por ser uma ambulância UTI, a senhora não vai poder ir com o seu filho, eu recomendo que a senhora, preencha esses formulários e vá imediatamente para o hospital Sírio-Libanês para também preencher os formulários de entrada dele, antes dele chegar. E antes da senhora retrucar eu insisto que a senhora faça isso e deixe seu filho aqui que eu cuidarei pessoalmente dele e da transferência.

Ela olhou para ele e disse:

- Eu confio no senhor doutor. Estou afilta, mas confio no senhor. Farei o que o senhor pediu. Deus já está operando milagres. – Ela se virou e começou a preencher os papéis de transferência. Ao finalizar o preenchimento ela pediu para a recepcionista chamar o médico.

A recepcionista disse que ele estava fazendo a ronda na UTI e depois no CTI e que não poderia sair naquele momento.

Então a dona Célia pediu um papel para deixar um recado para ele, na qual a recepcionista atendeu prontamente. Após escrever ela dobrou e deu a recepcionista e pediu para que ela desse ao doutor logo que ele saísse antes de seu filho ser transferido. A recepcionista disse que sim e dona Célia a agradeceu e se dirigiu ao hall dos elevadores, para descer.

Ao chegar lá em baixo, ela procurou um taxi, mas não tinha nenhum disponível ali. Ela lembrou do cartão e pensou “Não pode ser possível o taxista estar aqui perto, mas acho que vale a pena tentar...”. Pegou o telefone celular e começou a discar quando ouviu uma voz de homem chamar por alguém:

- Senhora, Senhora. Sou o taxista. Lembra-se? – Dona Célia virou-se e viu o taxista ali na sua frente como um milagre de natal. Ela pensava: “... como pode isso? Como explicar essas coisas? ... Meu filhinho você deve merecer muito! ... Obrigado meu Deus!”. Ela disse:

- Meu Deus, o senhor estava me esperando?

- Minha senhora, não vou mentir, eu fiquei preocupado com a senhora e resolvi estacionar o carro aqui na rua do lado e voltei para tentar saber como seu filho estava, entende? – respondeu o taxista que estava com uma toalha pendurada no pescoço.

- Graças a Deus o senhor está aqui. O senhor pode me levar até o hospital Sírio-Libanês? – perguntou ela.

- É pra já. A senhora se importa de me acompanhar até o carro, porque fica mais fácil para a gente ir para o hospital, senão terei que dar uma volta maior e pode demorar, entende?

- É claro que não me importo. Vamos lá então. Preciso chegar lá o mais rápido possível. Será que a gente consegue mais esse milagre? – perguntou ela.

- Claro que sim, madame. Pode deixar aqui com seu motorista. – respondeu ele sorrindo para ela, que retribuiu com um muito obrigado. Seguiram para o taxi e foram em direção ao hospital Sírio-Libanês. O taxista em momento algum foi indiscreto e nem perguntou a ela o que havia acontecido com o filho dela, deixou-a com os seus pensamentos sem atrapalhar. Depois de uns 20 minutos eles chegaram e só aí ele falou.

- Madame, chegamos ao seu destino, sã e salvos com a Graça Divina.

- Hãm... Perdão moço, nem percebi que havíamos chegado. – ela olhou para o relógio e disse espantada: Nossa! O senhor foi tão rápido! Não tenho como lhe agradecer pelo que fez e tem feito. Muito obrigado. – disse ela com um pequeno sorriso. Ela abriu a bolsa e neste momento foi interrompida pelo taxista que disse uma palavras que a fz chorar:

- Madame, não espero nada em troca quando ajudo alguém que precisa de ajuda, pois o que me importa é fazer o bem com amor. Deus me deu tudo que tenho, porque não dividr? A vida está dentro de mim e vivê-la com integridade, compaixão e amor ao próximo é o melhor que faço. Melhor até que dirigir. Se alguém precisa de mim, eu estarei lá para ajudá-la e se ela precisar de uma palavra pode ter certeza que eu estarei lá para ofertá-la. Eu todos os dias agradeço a Deus por acordar forte e com saúde e ao sair abro meu coração e sinto a dor da humanidade. E é atrás dessa dor que eu sigo, a procura de quem necessita de carinho, atenção, palavras, ombro e amor. Deus me deu tudo, madame. Me deu uma enegia interior capaz de ajudar qualquer pessoa, mesmo nos momentos mais tristes. Muita tristeza nesse mundo, muita dor, muito choro, pobreza e maldade. O ser humano não consegue enxergar o mal que faz a ele mesmo, quando faz mal a alguém. Madame, eu acordo e digo para mim, Gabriel, faça o bem neste dia, pois hoje você está aqui vivo, porque amanhã a morte pode sobrepor a vida e aí seus atos não feitos contarão contra você. Faço por amor e por solidariedade, faço por que existo e creio ainda em um mundo melhor. Pelo menos eu faço a minha parte. – finalizou o taxista.

Dona Célia estava chorando, mas prestou atenção em cada palavra dita por aquele taxista. Ela estava espantada com a generosidade daquele homem que estava ali pela bondade e amor ao próximo, sem querer saber de dinheiro. Ela não tinha palavras para agradecer aquele senhor. Através daquelas palavras, Célia conseguir resgatar suas forças e levantou a cabeça e comentou com o taxista:

- Hoje o senhor me ensinou uma coisa bela, que é o amor ao próximo e tenha certeza, senhor Gabriel, eu irei praticá-lo todos os dias. Muito obrigado pelas palavras, pela ajuda tão grande que o senhor me deu e ao meu filhinho que ... –quando a mãe ia começar a chorar o Gabriel disse:

- Não fique triste, seu filho sairá do coma quando ele achar o seu caminho. – nesse momento a mãe de Lucas levantou o rosto e ficou boquiaberta com a revelação. Ele continuou a falar: - Mas eu quero dizer a senhora que ele pode querer ficar em dúvida entre dois caminhos.

- Quais? – interrompeu dona Lúcia, que olhava fixamente para Gabriel.

- Entre o amor perdido e o amor verdadeiro. Ele é quem decidirá e a senhora terá que aceitar. – complementou o taxista Gabriel.

- Não posso perdê-lo, senhor Gabriel. Não vou conseguir viver sem ele.

- Então o ajude a encontrar o caminho. – comentou o Gabriel

- Mas como? Como vou saber? – esclamou dona Célia.

- Acredite a senhora saberá. Acho melhor a senhora entrar, pois seu filho já está a caminho.

- Obrigado senhor Gabriel, não tenho como agradecê-lo. Nunca esquecerei o que o senhor fez por mim e pelo meu filho. – agradeceu a mãe do Lucas

- Não foi por nada madame. Qualquer coisa é só me ligar. Esteja com Deus. – disse o taxista

- Obrigada. – Retribuiu Célia, enquanto o taxi ia saindo pela rua.

Ela entrou e foi direto a recepção onde indicaram a ela a sala para internação. Tudo foi preenchido, o plano de saúde autorizou a internação e disse que iria mandar pela manhã uma assistente social para acompanhar o caso com a família. Um bom tempo depois a UTI móvel chegou ao hospital e entrou diretamente no elevador interno e foi direto para a UTI.

Era, madrugada e dona Célia, completamente desolada e completamente só, caminhava de um lado para o outro no corredor que dá para a ala da UTI, onde é proibida a entrada. Ela já estava a horas sem uma notícia de seu filho. Nenhum médico ainda a havia contatado. Ninguém passava por ali e ninguém na recepção. Por volta das cinco horas da manhã, dois médicos se dirigiram em direção a dona Célia e perguntaram:

- Bom dia senhora, a senhora é mãe do garoto Lucas? – perguntou um médico alto, de olhos azúis esverdeados, de cabelo meio encaracolado e meio bagunçado. Um homem bonito com o físico atlético. Parecia ter uns 30 anos.

- Sim doutor. Como está meu filho? – perguntou em tom extremamente cansado.

- Meu nome é Doutor Raphael Bragança e sou especialista em neuro-pediatria. Essa aqui é a doutora Hannah Martins e é neuro-cirurgiã. – a doutora era mais baixa que o doutor e tinha uns olhos castanhos escuros, cabelo encaracolado usava óculos e linda. Tinha um ar angelical e competente. - Acabamos de efetuar uma série de tomografias da cabeça de seu filho e recomendamos que o Lucas devesse fazer uma cirurgia de extração do projétil e de alguns fragmentos que estão em seu cérebro. Agora ele está ainda inconsciente, isto é, ainda em coma. Mas para a execução dessa cirurgia, necessitamos da autorização dos responsáveis.

- Doutor Raphael, quais os riscos? – perguntou a mãe. Quando o doutor Raphael Bragança ia responder, a doutora Hannah Martins se aproximou de dona Célia e disse:

- Querida mãe, sinto muito por seu filho ter passado por esse trauma tão horrível. Sinto muito pela senhora aqui desesperada a espera de uma resposta positiva. Mas posso lhe garantir que a única forma de tentarmos salvar o seu filho é retirando os fragmentos, que são pequenos estilhaços de ossos que criaram um coágulo no cérebro de seu filho. Não temos como drenar o coágulo sem eliminar a origem. A senhora está entendendo?

- S..Sim, por favor, salvem o meu filho. Quais as sequelas que ele poderá ter? – Célia perguntou a doutora, que prontamente e com muita serenidade respondeu:

- O risco da cirurgia é grande, não iremos mentir para a senhora. Mas agora ele também está correndo um risco de morte. As sequelas não sabemos o que poderá acontecer. Só após um tempo é que poderemos saber. A senhora sabe que ele chegou aqui em coma, certo?

- Sim. – respondeu a mãe.

- Ele continua em coma, e achamos que se não operamos imediatamente, ele não passará de amanhã. – parou de falar a doutora Hannah.

- O que? Como assim! Meu filho, não pode morrer. Doutora ele é a única coisa que tenho. Por favor salvem meu filho. – aos prantos, dona Célia terminou de falar enquanto o doutor Raphael, sentava-se ao lado dela e tentava acalmá-la enquanto a doutora Hannah buscava um copo com água e umas gotinhas de um remédio chamado rivotril. É um remédio para diminuir a ansiedade e ao mesmo tempo acalmá-la.

- Doutor onde tenho que assinar para aprovar a cirurgia. – perguntou dona Célia.

- Aqui neste espaço, mas sugiro que a senhora leia antes.

- Doutor, eu não estou com cabeça para isso, só quero que salve meu filho. – neste mesmo momento ela assinava a autorização da cirurgia. - Pronto está assinado, salvem meu filhinho.

- Fique tranquila, daremos o nosso melhor. Como a cirurgia demorará mais de 8 horas, sugiro que a senhora vá para casa e descanse, e volte mais tarde.

- Nunca doutor. Não me peça para sair de perto de meu filho. – retrucou ela olhando bem dentro dos olhos do médico.

A doutora Hannah se aproximou de Dona Célia e pediu para que ela abrisse a boca. Sem reclamar dona Célia abriu a boca e neste momento a doutora pigou cinco gotinhas de rivotril em baixo da lingua da dona Célia e disse para ela se recostar no sofá, que assim que tiver notícias ela enviará através de alguma enfermeira e quando terminasse ela viria avisá-la, mas a recomendação do doutor Raphael era o mais indicado.

Mesmo assim a mãe de Lucas disse que não iria arredar o pé dali, enquanto o seu filho não estivesse fora de perigo.

Os dois médicos se levantaram e disseram a ela que iriam iniciar o processo pré-cirúrgico e que a previsão de inciar a cirurgia era por volta das 07 horas da manhã. A dona Célia assentiu com a cabeça e nesse momento os dois seguiram para o centro de terapia intensiva.

Dona célia estava muito preocupada, era muito cedo para ligar para sua comadre, madrinha do Lucas, e não queria incomodar ninguém. As coisas foram se juntando em sua mente e começou a ligar algumas coincidências, ou quem sabe milagres. Mas ela estava muito cansada e foi se acochegando no sofá frio daquele hall silencioso e aproveitou, colocou a sua bolsa em forma de traveseiro e encostou sua cabeça. Alguns minutos depois, após muita briga, o sono se apoderou de sua mente e corpo e mal sabia ela que através dele ela poderia entrar em contato com seu filho.

A vida de Lucas estava nas mãos daqueles dois médicos. O risco de morte era um fio que poderia romper a qualquer momento. Ambos os médicos estavam seguros de todos os riscos, mas não havia outra chance para Lucas.

* * *

Lucas sentiu algo tocá-lo, mas estava muito escuro e ele não podia ver. Estava de pé caminhando a esmo sem saber para onde ir. A princípio segiu uma voz, talvez conhecida, que ele achava que era de seu pai. Mas a voz parou e ele ficou só novamente.

A sensação não era de estar perdido, mas de procura. Paraceia que ele sabia onde ir. De repente uma outra voz o chama. Ele para e procura a direção dessa voz, diferente da anterior. Agora era uma voz feminina, suave e estava mais clara. Ele sorriu e disse:

- Não pode ser. – Neste momento gritou: - Priscilaaaa!!!!

Silêncio por alguns instantes. Ele estava atento, esperando o seu amor lhe chamar. Um tempo depois a voz se fez presente:

- Venha meu amor, vem pra mim! Meu Lucas venha pra sua Pri. – disse a voz à Lucas. Lucas dominado pela emoção de ter novamente sua Priscila, segue em direção até onde a voz se encontra. Ele caminha e caminha, atento ao chamado de seu coração.

- Venha Lucas! Estou aqui te esperando. – disse Priscila.

- Onde, meu coração? Onde você está? Venha até aqui me buscar? – perguntou o Lucas a ela.

- Não posso mais ir para esse lugar onde você está meu amor. Só você pode sair daí e vir ao meu encontro. – explicou ela.

- Não estou entendendo. Onde estou, Pri? Por que você está aqui? Você está mor... – Lucas congelou. Não conseguia sair. Sentia uma energia intensa cruzar seu corpo.

- Sim meu amor, não tenha medo. Eu estou aqui para guiá-lo a luz. Eu te amo. – falou a voz da priscila.

Lucas sabia que estava morto e gritou:

- Natyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy!!!!!

* * *



Razão de Viver
(Roupa Nova
Composição: Ricardo Feghali/Nando)

Lá no final
Há um lugar
Ondas de puro amor
Vão nos envolver
Feito o mar

Sem você eu me sinto só
Incapaz de plantar
A semente do amor
Em jardins sem vida

Com você não preciso mais inventar
Minha paz
Vou ligando teu ser
Ao melhor de mim

Meu espelho real
Alma gêmea moldada em prata
No meu desejo eu te invento com emoção

(refrão)
Me dê a mão
Cante a canção
Faz a sublime roda do amor girar
Segue a voz do coração
E ensina o mundo a se amar
Lá no final
Há um lugar
Ondas de puro amor vão nos envolver
Segue a voz do coração
E ensina o mundo a se amar
Outra vez

Pra você eu espero ser uma voz
Uma luz
Um momento de paz
Pra velar seu sono

De você eu vou receber
A razão de viver
Seu contato vital
Me mantém feliz

Seu mistério maior
Meu segredo e revelação
Linhas extremas se encontram com emoção

(refrão)
Me dê a mão
Cante a canção
Faz a sublime roda do amor girar
Segue a voz do coração
E ensina o mundo a se amar
Lá no final
Há um lugar
Ondas de puro amor vão nos envolver
Segue a voz do coração
E ensina o mundo a se amar
Outra vez

Um comentário:

Anônimo disse...

significado das
cores e de seu aniversÁrio



isto é divertido então veja o
que acontece, mas não trapaceie


não
trapaceie. se você é
honesto, esse teste diz a verdade. isso é muito
bom.. escreva suas
respostas em um pedaço de papel, e sem trapaÇas! as
respostas estão
no final.

1. qual cor você prefere: vermelho, preto, azul, verde
ou amarelo?




2. qual é a inicial do seu nome?




3.
seu mês de aniversário?




4. que cor você gosta mais:
preto ou branco?







5. nome de uma pessoa do
mesmo sexo que o seu.




6. qual seu número favorito?




7.
você prefere voar ou dirigir?




8. você prefere lago
ou oceano?




9. faça um pedido (um pedido realista).












quando
terminar, abaixe a página (não trapaceie!)










respostas

1.
se você escolheu:
vermelho - você é alerta e sua vida é cheia de
amor
preto - você é conservador e agressivo
verde - sua alma é
relaxada e você é meio preguiçoso e despreocupado
azul- você é
espontâneo (a) e ama beijos e afeto das pessoas amadas
amarelo - você
é muito feliz e dá bons conselhos àqueles que estão pra baixo...


2.
se sua inicial é:
> a-k você tem muito amor e amizades em sua
vida
l-r você tenta aproveitar a vida ao máximo e sua vida amorosa
está próxima de aflorar
s-z você gosta de ajudar os outros e seu
futuro amoroso parece muito bom...


3. se você nasceu em:
jan-mar:
o ano será muito bom para você e você descobrirá que irá se apaixonar
por alguém totalmente inesperado
abr-jun: você terá um forte
relacionamento amoroso que não irá durar bastante, mas memórias irão
durar para sempre
jul-set: você terá um ótimo ano e irá passar por
uma grande mudança para melhor em sua vida
out-dez: sua vida amorosa
não será assim ótima, mas você irá encontrar sua alma gêmea
eventualmente


4. se você escolheu:
preto:
sua vida
tomará um rumo diferente, irá parecer difícil no momento mas
será o
melhor para você e você será grato pela mudança.
branco: você terá um
amigo completamente fiel à você e que por você faria qualquer coisa,
mas talvez você não perceba isso.



5. essa pessoa é seu
melhor amigo


6. esse é o número de amigos próximos que você
tem em sua vida



7. se você escolheu:
voar: você gosta
de aventuras.
dirigir: você é uma pessoa despreocupada e meio
preguiçosa.



8. se você escolheu:
lago: você é leal à
seus amigos e amante e você é bastante reservado.
oceano: você é
espontâneo (a) e gosta de agradar aos outros.


9.
esse
desejo se tornará realidade se você encaminhar esse recado para
cinco
pessoas em uma hora. encaminhe para dez e o desejo se tornará privado


alguem
que vcê gosta muito irá te
falar pelo msn ou irá te ligar amanhã as
21:00
hs
te
pedindo em namoro
isso não é brincadeira se ignorar essa
corrente
algo muito ruim, irá te
acontecer.
não vale
me mandar de volta
..
vai passandoo
brincadeira feita
no \"fantastico\"
da
certo,pode acreditar
mande
esse recado para 20 pessoas nos
proximos 15 minutos
após
mandar o 20° recado,
aguarde 10
segundos e precione a tecla
f5
o nome de quem te ama aparecerá na
tela
é de
assustar,muito louco!
mas so ira acontecer se passar
para 20