quarta-feira, 5 de maio de 2010

  • Capítulo 6


Naty não conseguia se concentrar na aula de inglês. Ainda sentia a boca de Greg em sua boca e pensava: “- Que delícia. Se soubesse que beijar era tão bom assim, eu já tinha beijado. Como beija bem esse safado. Ashuodashuod. Será que ele gostou? Será que ele acha que sou ruim, ou tenho um beijo ruim? Ele sabe que é meu primeiro beijo! Hummm, meu primeiro beijo... Oba! Não sou mais BV ou BVL. Nossa, será que estamos namorando? Será? Ai.. comooo.. Como vou explicar isso? Nossaaa... Ué..” - o Greg chamou a Naty:


- Naty? Naty? Ei mina acorde hehe! – sussurrou Greg já sorrindo.


Naty estava completamente fora dali, literalmente absorta em seus delírios e pensamentos: “- Jesus! Estou mesmo namorando? Acho que vou desmaiar. Mara. Estou tão feliz...Ué. quem tá me chamando? To ouvindo alguém me chamando, parece a voz do Greg. Que voz linda ele tem! Ele é meu, só meu! Mas ele tá me chamando, onde ele tá, meu, cadê você meu amor? Amooorr..”


- Hã... oi, oi... o que houve Greg, o que aconteceu? – disse Naty assustada e falando um pouco acima do tom da turma e com isso fez com que todos na sala, inclusive o professor olhasse para ela. Ela ficou completamente rubra. Não sabia onde esconder-se, queria morrer. O professor assumiu novamente a turma e continuou falando sobre a conjugação do verbo no present continuous . Neste momento, Greg estava olhando para ela e aproveitou o momento para segurar a sua mão e falar bem baixinho e bem pertinho do ouvido da Naty:


- Mina linda, gostou do beijo? – Naty se arrepiou da cabeça aos pés. Aquela voz sussurrando em seu ouvido, aquele ar quente penetrando em seu ouvindo. Parecia até que ele estava dando um cheirinho em minha orelha. Mas respondeu ao Greg afirmando com a cabeça e complementou também sussurrando para o Greg, mas um pouco mais longe, olhando para ele:


- E você gostou? – disse Naty praticamente movimentando os lábios e sem quase soltar um som se quer. Ela não queria ouvir a resposta e nem queria que ele ouvisse a pergunta, mas saiu e agora era tarde. Greg sorriu, e também afirmou com a cabeça e ao mesmo tempo piscou o olho direito e ainda mandou um beijo para Naty. Ela ficou mais uma vez envergonhada e voltou-se para frente, antes que o professor desse uma bronca. Mas Naty estava tendo dificuldades em se fixar, não conseguia se segurar na terra, sempre que se dava conta ela já estava lá no mundo das nuvens vivenciando o fato ocorrido. Para ela aquele momento mágico nunca mais será esquecido e ainda pensou que agora aquele momento foi um marco que ela mesma denominou de Naty bobinha para Naty adolescente de verdade. Agora ela cresceu.


Depois do fim da aula de inglês, eles saíram para o pátio frontal para ver se a mãe de Greg havia chegado. Para sua sorte, ela ainda não havia chegado e aí ficaria mais fácil um novo ataque de Greg. Pensou ela ansiosa. E não deu outra, ele a colocou encostada na parede do muro do lado de fora e começou o ritual de carinhos no rosto e no cabelo. Ele sussurrava em seu ouvido, beijava seu pescoço e ela ficava completamente nas mãos dele. Ela não tinha controle sobre si, estava totalmente nas mãos dele. Ele a beijava, beijava e beijava muitooo.


Depois de alguns longos cinco minutos, Greg começou a beijar o queixo de Naty até chegar ao pescoço onde ficou beijando tanto que ela teve que depois de um tempo se afastar. Ele estava tão colado nela que seu peso corporal estava a pressionando contra a parede, mas apesar disso, ela estava curtindo cada momento.


Ela já estava mais a vontade com aquilo, ela já se sentia dele e sentia que ele era dela e foi aí que ela resolveu falar.


- Meu, posso te perguntar uma coisa? – interrogou Naty a Greg e ele respondeu


- Claro! – e continuou a dar pequenos beijinhos na bochecha, testa, na ponta do nariz.


- Como vai ser daqui pra frente?


- Como assim? – Se afastou Greg um pouco de Naty, mas surpreso.


- Estamos namorando, certo? – perguntou Naty ao Greg e ao mesmo tempo se questionando o porquê estava perguntando aquilo.


- Tipo... Tipo, acho que sim. Ah... Sei lá mina, putz. Vamos deixar rolar e ver o que vai acontecer. – disse Greg saindo pela tangente.


- Greg, mano, eu posso não ter experiência, mas não quero ser peguete sua, entende? Você não faria isso comigo, certo mano? – questionou Naty, já com um olhar implorativo.


Greg parou e se afastou encostando-se à parede ao lado de Naty. Ficou ali por algum tempo sem falar nada. Naty angustiada continuou a falar com ele:


- Greg, não quero te pressionar, mas não quero ser motivo de piada dos colegas aqui do curso ou do colégio. Você me entende? – ela fala olhando para ele, mas ainda sem resposta. Neste momento a mãe de Greg chegou e buzinou chamando ele. Ele fez um sinal com a mão para a mãe que representava que esperasse e aí ele rompeu o silêncio e comentou:


- Mina eu não sou muleque, é claro que estou namorando você! – disse Greg com a voz um pouco alterada.


- Por que você demorou a responder, meu? – questionou Naty, mas nesta hora Greg foi salvo na hora aga, quando sua mãe buzinou duas vezes para eles. Aí ele falou:


- Amor, vamo bora, vou te levar pra sua casa, minha mãe já está ali dando uma de doida. Vamo bora dona encrenca. – ele sorriu para Naty e ela sorriu para ele e foram em direção ao carro da mãe dele. Naty cumprimentou a mãe dele e entrou no carro atrás enquanto ele se acomodava no banco da frente e seguiram em direção a casa da Naty.


Ao chegar à frente da casa dela, a mãe dele estacionou o carro para que a Naty pudesse saltar em segurança. Nessa hora, Greg tirou o cinto enquanto Naty agradecia a carona à dona Helena. Quando ela saiu do carro, ele a puxou e tascou-lhe um beijo na boca. Ela ficou sem jeito e imaginando o que os vizinhos iriam comentar. Ele sorriu para ela e disse:


- Falamos depois, tá! – afirmou ele na qual ela afirmou com a cabeça para ele.


Naty ficou ali parada olhando o Greg, seu namorado, entrar no carro de sua mãe, colocar o cinto de segurança e olhar para ela com um sorriso enorme dando tchau através do vidro do carro. Ela acompanhou o carro sumir de sua visão e aí começou a olhar para os lados discretamente para ver quem poderia ter observado o beijo de seu namorado nela e pensava: “-Graças a Deus que a vizinha Neuma não estava no portão, essa sim é uma fofoqueira, iria contar tudo para minha mãe e com certeza aumentaria muito, só para ver o circo pegar fogo. Vamos olhar a direita e... não, não pode ser. Essa merda de Murphy tinha logo que acontecer comigo. Vou ficar de castigo o resto da vida. Meu paizinho viu tudo e está parado com quatro sacolas na mão, acho que ele deve estar vindo do mercadinho de seu Kioto. Meu Deus ajude-me, por favor! Ai Cristo, ele está vindo em minha direção, o que eu faço? Acho que vou entrar em casa e me trancar no quarto de vergonha. Puta que pariu, primeira vez que beijo e sinto aquela coisa dos meninos, me sinto uma adolescente e em menos de três horas vou ser julgada e crucificada por estar namorando. Já sei até o que meu pai vai falar.” – Naty muito nervosa continuou a observar seu pai se aproximando e pensou em seu pai esculachando-a- “- Naty, já para o seu quarto e vai ficar lá de castigo! Depois eu e sua mãe iremos falar com você! Mas até lá nada de sair, computador ou telefone.“ – ela sentiu o ar ficar rarefeito, sentiu o perfume de seu pai em suas narinas. Seu pai parou em frente a ela e comentou com um sorriso acolhedor em sua face:


- Oi filha, tudo bem? – ela olhou para ele com um olhar de surpresa e de muita dúvida e pensou: “- como assim, meu pai pergunta se estou bem. Será que ele não vê que estou ótima e feliz? Será que ele não percebe que estou aqui borrada de medo dele?” – o pai dela continuou a falar quando percebeu que sua filha estava petrificada na sua frente.


- Meu anjo, relaxa, não irei brigar com você, se é isso que você está pensando. Já estava esperando essa hora, quando você fosse começar a namorar. Naty, tudo isso é natural. Vamos entrar, porque vai começar a chover. Vamos! – argumentou o senhor José Antonio, pai de Naty.


Ela foi entrando em sua casa, acompanhada de seu pai. Ele foi em direção a cozinha, enquanto Naty se estatelou no sofá da sala, onde estava seu irmãozinho deitado no chão assistindo televisão. Naty apesar de estar ali parada olhando para a televisão, sua mente vagava em pensamentos adversos. Não conseguia se concentrar em nada e nem em nenhuma linha de pensamento. Muitas coisas haviam acontecido até aquele momento. Muitas emoções e sentimentos.


* * *

Lucas estava online e conversando com sua melhor amiga e confidente através de áudio e vídeo. Lucas confidenciava a ela o seu sentimento em relação a aquela menina de sua sala, na nova escola. Dizia que não era o que queria sentir, mas estava lá dentro dele e não sabia como arrancar aquilo que o torturava. Falou à sua amiga que não sabia como agir com aquela garota da escola, na qual a chamava de anjo. Ela perguntou a ele porque ele havia dado esse apelido para ela. Ele comentou que deu esse pseudônimo a ela porque ela o havia resgatado das sombras em que vivia. Ao conhecê-la pela primeira vez, ele disse que sentiu a luz e a energia que emanava dela. Era como se ela fosse um anjo que veio resgatá-lo daquele lugar frio e sombrio em que vivia desde que sua amada Priscila se foi, levando com ela seu coração.



- Lucas, porque não fala para ela o que você sente?


- Não vai dar, mina, tarde demais. Eu a perdi. Acho que ela está namorando um mano da escola que também é novo lá.


- Tem certeza? – perguntou ela.


- Meu, certeza não tenho. Putz, mas sinto que a perdi. Ela não está me mirando. Ela é linda! – suspirou ele. - Amiga, sinto que ela é doce, meiga e amiga como você. Mas agora não é real. – respirando fundo ele ficou em silêncio pelo MSN.


- Meu, pense positivo, você não sabe nada ainda, tudo que você fala é apenas subjetivo, procure se aproximar dela, ser amigo dela, mesmo que ela esteja namorando. Também pode namorar outra mina, cara. Você é lindo, gatoso (rs) um cara que facilmente consegue uma namorad...


- Amiga, para! Me entenda, eu não estou afim de namorar ninguém. Eu estou abrindo meu coração pra você, para que você saiba que eu acho que estou gostando de alguém e não procurando um alguém. – falou de um jeito ríspido e continuou. – Desculpe, meu. Eu estou confuso pra caramba, eu estou querendo sumir. Não sei se vou agüentar ver esse anjo com outro cara. Meu coração diz que algo de muito ruim vai acontecer. – Neste momento Lucas começou a chorar. – Amiga, eu não vou agüentar de novo mais uma m... – ela o interrompeu falando:


- Para com esse baixo astral Lucas, to falando sério, meu. Putz, nada de ruim vai acontecer. Ouça bem o que eu vou falar. Lucas olhe para mim, aliás olhe para a câmera. Se você ama essa menina, então a proteja, seja amigo dela, seja seu guardião. Promete?


- SSSim, prometo. – concluiu Lucas ainda chorando.


- Isso aí amigo, descanse agora. Qualquer coisa me chame, agora eu vou atender outra amiga que me chama e que está também confusa entre dois amigos da escola, tá. Mas me chame se precisar, conte comigo sempre. Beijo


- Obrigado querida amiga. Chamarei se precisar. Beijos Rhaissa uma boa noite.


Neste momento Lucas desconectou-se de sua grande amiga Rhaissa, enquanto ela se conectava ao chat de conversas com suas amigas.

* * *

Após o jantar, Naty foi direto para o seu computador em seu quarto e começou a procurar suas amigas. Estavam online a Sarah, Driika e Rhaissa, já Bianca e Lê não estavam. Ao entrar no MSN, Naty recebeu logo uma mensagem de Driika, onde ela perguntava:


- Mina, como foi hoje, conseguiu ser estuprada ou ainda está virgem? Asdhsasudha


Naty riu e respondeu: -Virgem sim sua galinha, mas feliz da vida, porque beijei muitooooo. Asuahuhduah. – respondeu Naty enviando a resposta para Drikka. Nesta hora Naty chamou para a mesma conversa a Sarah e a Rhaissa que logo entraram na sala de bate papo e leram a resposta da Driika ao que a Naty havia comentado, que elas duas ainda não sabiam.


- Sua piranha, quer dizer que conseguiu? Quer dizer que, tipo, você agora pertence ao grupo de mulheres beijadas e felizes, mas mal amadas? Ashudadhua!


- O que está acontecendo? – perguntou Rhaissa.


- Cara você beijou de língua garota? – perguntou Sarah


- Calma aí! Deixa falar peruas! – Naty retucou


- Fala logo, não nos mate de curiosidade, poxa vida. – falou Rhaissa ansiosa.


- Bem, estava lá no curso de inglês e comecei a conversar com o Greg antes da aula e de repente e nem sei explicar como, ele começou a me acariciar... – foi interrompida pela Drikka.


- Aonde ele colocou as mãos dele, sua safada? Asuhsadhusa – brincou Drikka


- Driika você só pensa nisso. Foi carinho no rosto, me deixa contar, meu. – reclamou Naty e continuou a relatar o episódio nos mínimos detalhes. – Ele foi acariciando meu rosto, meu pescoço e foi chegando perto com sua boca linda e quando percebi lá estava ele me beijando e sem forçar, foi conquistando o espaço com sua língua em minha boca. Aiiiiii, caralho, foi bom demais.


- Caraca, tá ficando quente essa história! Huhuhu! – Vibrou a carioca Sarah.


- É amigas, bota quente nisso. Ufa! Logo depois do primeiro beijo, ele me chamou para outro lugar e lá me abraçou e me acariciou e beijou muitãooooooo. Foi demais, meu! Senti meu coração ir na boca. Era uma sensação de bem estar, de ansiedade de quero mais, sei lá. Putz, cada vez mais ele me apertava em seus braços até que comecei a sentir uma coisa esquisita. :) – Naty enviou a mensagem e manteve o suspense para ver se alguma de suas amigas comentasse o fato, pois ela estava com vergonha de falar. Mas ninguém comentou nada e aí ela teve que continuar.


- Bem, como disse, meu, eu estava lá abraçada com ele, beijando e beijando e de repente senti algo se mexendo e ....


- Hahahahaha, já sei o que aconteceu! Hahahahaha – Riu a DriiKa.


- O que aconteceu? – perguntou Rhaissa.


- Fala meu! – disse Driika a Naty


Naty estava totalmente sem graça, mas agora se via em desvantagem. Suas amigas estavam esperando sua resposta, então tomou coragem e falou:


- Eu na realidade não sei bem o que aconteceu, enquanto eu beijava o Greg eu senti algo se mexendo por baixo das calças dele. Pronto falei! – parou de falar Naty já completamente sem graça


- Amiga, esses meninos não conseguem se segurar. Todos são assim, não se preocupe. Um dia você saberá porque isso acontece. – comentou Sarah tentando ajudar sua amiga a não ficar tão sem graça.


- E aí gostosa, gostou né? Sarah fica com esse mi... mi... mi... e não fala nada. Isso se chama excitação. É querida ele estava sentindo tesão por você. – falou abertamente Driika.


- Eu sei, também não sou nenhuma burra, pô. – reclamou Naty. A verdade era que Naty desconfiava, mas não tinha certeza até aquele momento.


- Rhaissa disse, que bom amiga que você conseguiu o que você queria, aproveite esse momento tá. Estou muito feliz de vê-la feliz. Está de pé o sábado então, né? Vou desligar porque estou muito cansada, tive que ajudar um grande amigo e tal. Beijos.


- Beijos amiga e tá de pé sim o sábado. Boa noite psicóloga. Obrigada por me aturar. – Falou Naty e continuou falando com as outras duas. – Amigas doidas de meu coração, muito obrigada por existirem e por não se cansarem de mim. Estou super cansada e amanhã de manhã tenho aula, por isso desejo a vocês uma boa noite e beijinhos, fui.


- Bye – escreveu Sarah.


- Tá amiga, bjks. – finalizou Driika.


Naquela noite chuvosa Naty não custou a dormir. Durante a madrugada, por volta das quatro horas da manhã, Naty estava tendo um pesadelo e em certo momento dá um grito assustador e acorda aos prantos. Seu pai abriu a porta do quarto da Naty e foi ao seu encontro e a abraçou. Durante um tempo ele ficou com ela em seus braços a protegendo e depois perguntou:


- O que foi querida, o que te aconteceu?


- Não sei bem pai. Eu acho que foi um pesadelo terrível, mas parecia tão real!


- Minha filha é um sonho ruim nada mais. Mas quer falar para colocar para fora e se acalmar? Pode falar, eu estou aqui te protegendo filhinha.


- Pai, sonhei que havia morrido. Foi uma sensação muito ruim. – falou Naty com os olhos cheios de lágrimas e continuou falando olhando para o rosto de seu pai – Não sei como aconteceu. Só sei que vi médicos, enfermeiras e um garoto, mas não conseguia ver seu rosto. Mas tenho a sensação que eu o conheço. Pai, estou com medo. – falou aflita para o pai.


- Meu amor, você está aqui e viva, como eu disse é apenas um sonho ruim. Tente dormir, mas reze antes para seu anjo da guarda lhe proteger e proteger seus sonhos. – ele ficou com ela até ela finalizar sua oração e depois a fez deitar e a cobriu. Antes de sair deu um beijo em sua testa e deu-lhe boa noite, onde ela retribui o mesmo e disse:


- Pai, obrigado e não se esqueça que eu te amo muito.


Ele emocionado, sorriu e encostou a porta dela e ela depois de um tempinho dormiu.



* * *

No colégio há um grupo de meninas que são consideradas as mais populares. São chamadas assim, por serem charmosas, sendo que duas entendem de moda, outra por ser uma nerd muito legal e romântica e duas por serem brincalhonas, tira onda com as pessoas e extrovertidas, mas muito legal.


Apesar de serem populares, elas são diferentes de todos os tipos de populares que temos como referência, como as que vimos em filmes americanos. Normalmente essas populares têm o estereótipo de lindas e burras, líderes de torcida ou coisa parecida.


Mas essas não são assim. São inteligentes, expertas, atentas e não humilhavam as outras meninas e mais, ajudavam-nas cada uma com sua expertise. Todas estudavam na mesma escola há bastante tempo e ainda moravam perto o que facilitava o contato entre elas. São amigas apesar de algumas diferenças de personalidade, mas se ajudam muito.


No colégio, ou na rua onde moravam, rolava certa inveja em relação a elas. As meninas novas principalmente, pois não as conheciam a fundo para saber que elas eram do bem. O colégio também tinha a galera do mal.


São populares, lindas, unidas e acima de tudo chiques demais. Não são ricas, mas também não são paupérrimas, são de classe média. Extremamente vaidosas e adoram um espelho. Mas quem não gosta!


Fora do colégio, adoram desfilar suas lindas roupas de marca. Estavam sempre no top da moda. Usam excelentes perfumes nacionais e estrangeiros. Andam sempre maquiadas, independente de onde estejam. Acessórios finos, óculos, bolsas e sapatos de ótimas marcas. São chamadas de grupo C.L.I., pelas outras colegas ou seguidoras menos invejosas, que significa chiques, lindas e impecáveis.


No colégio, apesar do uso obrigatório do uniforme, elas não perdem a pose de lindas. Seus cadernos são adesivados com fotos de seus ídolos.


Paulinha tem quinze anos, morena e leonina. Olhos castanhos e penetrantes, cabelo castanho e lábios sedutores. É a mais pura adrenalina entre todas as cinco. Ama esportes radicais e não tolera garotos frouxos. Não gosta de sofrer e acredita que todo relacionamento deve ser fiel e verdadeiro enquanto dure. Adora músicas de rock. Faz luta marcial taekwondo. Tem um senso de justiça forte, protegendo os mais fracos, mas não deixa de tirar com a cara de alguns. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, carioca da gema, torce pelo Vasco da gama e se mudou para São Paulo quando tinha oito anos, quando conheceu a Elise e Valéria em sua rua e por coincidência estavam estudando na mesma escola. Seu namorado se chama Carlos Eduardo, Kadu, dezesseis anos e meio, namoram há oito meses e adora andar de skate além de esportes radicais. Estuda na escola de Paulinha. Ele é escorpiano e torce pelo palmeiras tem olhos verdes lindos, magro e é loiro.


Elise tem um estilo todo oriental, bisneta de japonês por parte de pai, tem os olhos puxados e castanhos escuros e sedutores, cabelos lisos e sedosos negros iguais as mulheres orientais, lábios cor de carmim. Do lado materno tem descendência italiana, que explica o seu sangue quente quando contrariada. Tem dezesseis anos e é a mais nerd de todas. Ama a escola e estudar. Paulistana nata e torce pelo time do São Paulo. Extremamente romântica, acredita no amor incondicional. Não aceita infidelidade. Libriana que nem a Laryssa, ama a vida, adora ajudar e têm um coração de ouro, iguais aos italianos, mas não pise no seu calo. Seu namorado não é da escola, é de sua rua, se chama Vitor, também nerd, mas malha bastante e tem um corpo definido, branquinho de cabelos morenos, tem dezessete anos e namoram há um ano e meio. É capricorniano, torce pelo time do coríntias e tem olhos azuis. Ela estuda nesse colégio desde os sete anos de idade.


Valéria é a que se veste mais chique, mas não fútil. Não é perua, pelo contrário é simples no seu jeito, mas tem requinte. É assinante das revistas caras, capricho, Chic e Beleza. Sua família e da Laryssa, tem um pouco mais de posses e por isso atendem mais as súplicas delas. Valéria é filha única, com seus cabelos californianos, olhos castanhos claros beirando o mel. Lábios sedutores, um sinal na face que é um charme, sua marca. Tem tatuagem no pé de duas borboletas com folhagem, mas não gosta de piercing. Têm 16 anos, sagitariana e é a mais calma de todas, mas é que nem a Elise, não pise no calo dela. Seu namorado há dois anos é o Marcelo, que também não estuda no colégio. Moreno, forte, sarado e tem dezoito anos. Cabelo curto de cor castanho escuro, olhos castanhos, mede um metro e oitenta, tem carro e torce pelo Santos.


Laryssa é uma garota de rosto definido, linda e caucasiana. Tem olhos castanhos e cabelos castanhos claros cumpridos e corpo perfeito. Tem um olhar que aparenta mistério e sedução. Sorriso inconfundível e um rostinho de boneca. Tem 16 anos, é libriana, ama esportes radicais, adora viver perigosamente, não suporta mediocridade. Gosta de rapazes que saibam dominar, mas domina quase todos. Romântica, não aceita infidelidade e não perdoa. Ama a música e a arte. Muito inteligente, experta, adora escrever e ler. Zoar as pessoas é o seu marketing, mas com respeito e carinho. Adora o Justin Biebeer. Seu namorado se chama Jhonnata, estuda na escola e estão juntos há seis meses e estão passando por um mau momento no relacionamento. Ele é magro, cabelo curto, olhos castanhos e um rosto muito bonito e adora usar boné. Mede um metro e setenta e cinco centímetros e tem quase dezoito anos. Laryssa é a mais agitada e misteriosa de todas.


Geminiana, Dandara é uma morena sedutora de um sorriso espetacular que cativa qualquer pessoa. Chique e estilosa de olhos castanhos escuros, cabelos negros compridos e cacheados, lábios bem desenhados e uma silhueta impecável. Tem dezessete anos, comunicativa, tranqüila, leal, inteligente e virtuosa. Adora a natureza e é super apegada a sua família. Curiosa é uma marca de sua personalidade. Mora em Sampa desde os seis anos de idade, mas nasceu no nordeste. Ama a vida e adora ajudar os outros. É comprometida em tudo que faz. Está um ano na frente das demais. Namora a um ano e três meses com Leon, um carinha alto de um metro e noventa, moreno, inteligente, cabelo tipo militar. Casal que se entende apenas com um olhar.


Todas estavam no colégio quando Greg chegou. Laryssa o viu e comentou com as outras amigas:


- Garotas, ontem, lá no curso de inglês, quando estava saindo, dei de cara com uma cena linda.


- Conta La! O que você viu? – exclamou Dandara, enquanto as demais olhavam diretamente para a Laryssa.


- Putz, estava saindo do curso e vi o Greg, então, o gatinho novo que entrou na escola, sabem? – perguntou rapidamente a Laryssa as demais amigas que prontamente confirmaram balançando a cabeça e ela continuou a falar depois. – Então, vi o Gregzinho no maior pega com a Naty. O maior amasso, beijando muitoooo, e querem saber, eles fazem um casal so cute (muito bonito).


- Sério! – falaram juntas a Elisa e Dandara.


- Juro, meninas. Fiquei muito feliz pela Naty. Ficou com um gatíssimo do Greg e em seu primeiro namoro. Isso é que é ter o rabo pra lua! Ashuadashuad! – comentou Laryssa rindo com todas sobre o comentário final.


- Vamos que dar um banho de lojas na Naty para ela não perder aquele gato. – falou Valéria.


- A gente não pode se meter na vida dela, boba, só se ela nos pedir ajuda. – afirmou Dandara a todas. Todas se entreolharam e concordaram com Dandara. Neste momento a Naty entrou pelo portão do colégio e cruzou por elas.


- Bom dia meninas! – cumprimentou Naty as cinco poderosas.


- Bom dia Naty! – falaram todas ao mesmo tempo


- Meninas, vocês viram o gatinho do Lucas? Se eu não tivesse namorando eu iria dar em cima dele. – comentou Laryssa.


Paulinha concordou e acrescentou: - Eu também iria sem exitar. ashudasshuad

* * *
Naty continuou a seguir em direção a sala de aula quando se deparou com Greg ao lado de Lucas conversando. Eles não tinham visto ela chegar e aproveitou esse momento e se escondeu atrás de uma pilastra e ficou observando os dois. Algo dentro dela estava confuso, mas ela não sabia o que. Ela se perguntava o porquê esse sentimento esquisito pelo Lucas. Ele nunca reparou nela, pensava ela. Após alguns minutos ela resolveu sair de trás da pilastra e ir para a sala. Quando estava perto, Greg e Lucas perceberam uma presença e olharam em sua direção e ao mesmo tempo sorriram para ela. Ela retribuiu o sorriso além de um rubro em suas bochechas. Ao chegar mais perto, Greg a pegou pelo braço e deu-lhe um beijo na boca. Lucas ao ver aquilo perdeu completamente o sorriso que estava estampado em seu rosto e ficou pálido e não conseguia disfarçar o espanto e a tristeza. Para ao dar na pinta entrou imediatamente na sala e se sentou e ali ficou olhando o casal se beijando. A turma já ovacionava o casal com berros, gritos e palmas. Naty se afastou e ficou completamente envergonhada. Sua amiga Lê, veio em sua direção e começou a disparar uma série de perguntas:


- Desde quando vocês estão namorando? Por que você não me ligou? Não sou mais sua amiga? Naty, sacanagem sua não me contar. – falou com ar de emburrada.


Naty não falou nada. Ela não conseguia discernir ou falar algo. Sentiu que alguém a olhava. Olhou para o lado e viu o Lucas mirando em sua direção com um ar de decepção misturado com algo que não sabia explicar.(continua...)


Laryssa da historia foi em homenagem a mim *-*

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