Capítulo 5
Ele ao entrar no MSN viu que sua amiga não estava online, aproveitou e verificou seus emails e não achou nada de interessante. Ele realmente precisava conversar com sua melhor amiga, pois se sentia muito confuso em relação aquela garota da escola, Naty. Desde o falecimento da Priscila, Lucas não se interessou por mais ninguém. Não havia tanto tempo assim desde a morte dela. Ele estava se sentindo culpado por estar sentindo algo de diferente por aquela morena de cabelos cacheados e de sorriso intenso. Mas Lucas se intrigou com o olhar dela. Ele achava que havia segredos por trás daqueles olhos impenetráveis e isso atiçava sua curiosidade. Mas ele não sabia o que realmente sentia. Às vezes achava que estava gostando realmente, tipo amor a primeira vista, mas logo se lembrava da Priscila e fazia de tudo para tirar Naty de seus pensamentos. Se autocriticava e se perguntava, como poderia estar gostando de uma menina que mal conhecia e só a tinha visto no primeiro dia de aula? Mas ao mesmo tempo seus pensamentos relaxavam quando imaginava ela sorrindo.
Passaram-se mais ou menos uns noventa minutos e nada de sua amiga aparecer, então resolveu desligar seu computador e ir se deitar.
Mais ou menos cinco minutos após ele ter desligado, sua melhor amiga fica on-line no MSN e também o procura.
- Putz, o gato não está on. Sinto que ele precisa de mim, mas que catso.- reclamou a amiga de Lucas e continuou a procurar outros amigos virtuais que estavam online e falava sozinha:
- Este eu não quero falar por isso vou bloqueá-lo senão vai querer ficar de conversinha idiota. Caraca, esse cara eu não falo há muito tempo, meu. Putz, a Naty tá on, vou falar com ela. – nesse momento ela abra a sala de bate-papo e inicia sua conversa com Naty.
- E aí sua galinha!!! Já conseguiu beijar algum carinha nas férias?
Naty ficou muito alegre em ver que sua velha amiga estava online, era inacreditável. Naty já ia desligar, pois havia acabado de falar com Greg. Para ele não ver que ela está online, ela o bloqueou e começou a falar com sua amiga.
- Meu, como você tá? Porra, que saudades! Sua vaca, quando voltou de viagem? – enviou esta mensagem para sua amiga. Ela viu que a Sarah também estava online e resolveu contar as novidades para ela.
- Sarah meu amor, tu não dorme não? Meu, to cheia de novidades, mas confusa. – Nisso entra mais duas super amigas a viram online e cada uma enviou uma mensagem para Naty.
- Natyyyyyyyyyy. lindonaaaaaaa, que saudade, como foi de férias?
- Caralho Naty tanto tempo mano. Que bom te achar?
Naty neste momento estava falando com a Sarah, DriiKa, Bianca P. e com a Rhaissa. Era tanta amiga para falar quase ao mesmo tempo, que Naty resolveu contar a todas o que estava acontecendo com ela e ouvir a opinião de todas. Para isso falou com cada uma que iria colocá-las todas em uma única sala de bate-papo para falar um única vez e aproveitar e apresentar todas suas amigas. E foi o que ela fez, todas aceitaram. Naty iniciou a conversa com tadas ao mesmo tempo.
- Meu, vou aproveitar e apresentar todas vocês. Vou começar apresentando a única carioca do grupo que é a Sarah, gente é uma escritora da fanfic de mão cheia.
- Olá girls! Esse papo de escritora é doideira da Naty. Prazerasso conhecer vocês, valeu! – comentou Sarah.
- Agora vou apresentar a vocês a DriikKa que mora no Guarujá, chique demais, doida demais e muito linda!! – Escreveu Naty para todas.
- ASHUDSAHUAHSUAH! Chique eu?? Tá comendo meleca!!! Te amuuuu Naty.. Olá meninas! – escreveu Driikka para as garotas.
- Bianca, são paulina como eu, olhos escuros, gatíssima, tem um cabelo lindo, uma bochecha fofa demais.
- Fofa demais você querida! :) Oi meninas. Vamus ser amigas! Bjks!
- Finalmente Rhaissa, são paulina doente, ashusuahsa, sagitariana, olhos escuros e ama óculos, né fofa!
- É sim Naty, amo tudo que tem estilo asduhduasduha! Pelo jeito somos as poderosas! Todas aqui são gatíssimas. Oi meninas! Vamos aproveitar e nos adicionar no MSN e Orkut, tá? – comentou Rhaissa.
- tá. – comentou Driikka.
- Sim! – falou Sarah!
- to add! - Bianca disse.
- Pô Gentem!! Posso falar agora o que tá acontecendo comigo? Depois vocês trocam carinhos!!! – reclamou Naty que estava ansiosa
- Fala logo Naty, desabafa. – comentou Sarah.
- Brigadinn, então, vou contar desde o começo para todas estarem por dentro do assunto. Vocês sabem que sou extremamente insegura, não me acho bonita, não gosto de mim e ainda por cima to passando a maior treta aqui em casa, meus pais brigam e sobra pra mim sempre, pelo menos é melhor que sobre pra mim do que para o meu irmãzinho que não entende nada. – Naty já estava triste e continuou – Então, minhas férias foram uma merda, mas agora que começou as aulas parece que Deus resolveu olhar para mim. :D
- Para de se depreciar Naty. Puta que pariu, você é linda! - falou a Bianca P.
- São seus olhos, brigada. Então, na minha sala tem dois garotos lindos, um se chama Lucas e outro Greg são gatinhos demais. Lucas foi ao primeiro dia de aula e não voltou até hoje, fiquei, tipo, secando paguei um pau. Vocês vão me zoar muito, mas neste dia, ele tocou na minha mão, sem querer e eu senti algo diferente dentro de mim. Podem zoar! Asdhuiduhaiaudsh – escreveu Naty para todas. Mas ninguém retrucou e Naty continuou.
- No dia seguinte, como disse Lucas Não veio, mas me encontrei com Greg no curso de inglês e acabamos conversando e a mãe dele me deu carona para casa. Foi muito legal. Ele é um gato. Hoje quando cheguei ao colégio ele estava cheio de meninas mais lindas que eu e ele veio ficar ao meu lado e sentou no meu lado na sala de aula. Isso é surreal gente, como pode um garoto lindo querer ficar perto de mim que nem sou bonita? - Naty comentou acreditando nessa verdade e continuou:
- Não sei o que ele tá querendo, to super confusa, cheguei a comentar com a Sarah sobre isso. Putz, acabei de falar com Greg e ele me convidou para sair sábado. Caraca! Acho que to afinzona do Greg,
- Meu, fica com Greg beija logo ele ashduoiashduo agarra ele. – Falou Driikka zoando Naty
- Se Greg é tão gatinho como você fala eu vou aí ficar com ele se você não namorar ele.Ele tá de dando o maior mole pra você gata e você fica aí se subjulgando, se menosprezando se achando a adolescente mais feia do mundo. Putz, para com isso. Você é linda, uma pessoa maravilhosa, uma guerreira. Como você disse, passa uma treta em casa com sua família e uma treta com você mesma. – Falou Rhaissa
- Meu, concordo com a Rhaissa. Todas nós conhecemos você a um tempinho. Sabemos o quanto tu é mara. Se ele quer sair com você, então aproveita antes que outra aproveite por você. - falou Bianca.
- Então, esse é o problema. Minha mãe não deixar eu ir no xoppiz sozinha, imagina ir com ele. Então vou ficar muito puta. :( - comentou Naty, já imaginando que não irá.
- Naty meu amor, pare com isso. – Sarah escreveu carinhosamente e continuou - Você é tão capaz quanto qualquer uma adolescente. O problema pelo que vejo são os seus pais, certo?
- Minha mãe é o problema. Ela anda estressada demais. Meu pai, talvez não se importe, mas ela não irá deixar, eu sei. Vou me matar. – amargurada Naty escreveu.
- Então, eu tenho a solução querida. Eu irei com você. – Disse Rhaissa.- Sua mãe me conhece e não irá dizer não para minha mãe, que nos levará, tá?
- Sua sorte tá mudando querida, vai poder beijar muitoooooooo. Vai deixar de ser BVL! E quem sabe mais! uhuhuhuhuh, massa! – Driikka zoou a Naty.
- Rhaissa, você vai mesmo comigo? Maravilhosa!!! Obrigado. Amanhã falo com você para combinarmos. – Falou Naty com um grande entusiasmo.
- Tá felizinha, agora vai tirar o pai da forca! Meu você é muito boba. Agora vê se para com essa deprê. Você é mara asusahuahua. – Comentou Bianca e continuou – Meu, vou sair agora, adorei conhecer vocês, vamos manter contato e ajudar essa songamonga a conseguir seu primeiro creu ashduahduaudsha.Bjks
- Bjs, vamos ajudar sim :D Também vou me deitar tem aula cedo. Bjks meninas – Sarah se despediu
- Bjks manas lindas, brigadinn por tudo, vocês são do coração. Vou me deitar agora e graças a vocês e a Rhaissa acho que vou conseguir namorar. Bjs amores.
- Beijos garotas fiquem com Deus - disse Rhaissa - Naty combinamos então amanhã. Beijocas inté...
- Créuuuu!!!! Vai fazer um Créuuu!! – Driikka brincando com a Naty – Bjks amores. Sarah e o seu bofe Lusca já saiu um beijo ou quer ajuda também? Ashusahuhua, fuiiiii...
- ashauhsuah Ainda não sua vaquinha linda. – respondeu a Sarah para Drikka que já eram amigas virtuais.
* * *
Lucas acordou todo eufórico se arrumou, tomou café e pegou seu sua mochila e skate e foi para a escola. Pelo caminho ficou pensando como seria seu dia. Sentaria ao lado daquela garota com um sorriso lindo. Algum tempo depois ele logo chegou ao colégio municipal onde estudava. Algumas meninas ficaram secando ele. Ele tava com uma calça verde musgo com duas faixas na perna e blusa branca e um tênis all star preto. Ele de certa forma estava confiante de que seu dia seria o melhor depois da morte da Priscila.
Ele pegou seu skate e entrou pelo portão da frente, cruzou o pátio e foi em direção a sala de aula. Ao cruzar o corredor que dava para sua sala seu coração estava disparado, uma emoção corria em suas veias. Ele se perguntava o que era isso. Parou no meio do corredor a mais ou menos uns quinze passos de sua sala de aula. Respirou fundo e notou que estava suando. Resolveu ir ao banheiro jogar uma água em seu rosto e aproveitar para ver como estava seu cabelo. Lavou o rosto, arrumou o cabelo, mas isso não fez com que seu coração diminuísse seu ritmo cardíaco. Quando saiu foi direto ao bebedor e bebeu bastante água. Um dia ele ouviu sua mãe conversando com uma vizinha que estava também com o coração disparado, para que ela tomasse água para melhorar. Já estava se sentindo melhor e seguiu novamente em direção a sala de aula.
Ao chegar à porta de sua sala, ele olhou para ambos os lados e depois em direção ao lugar onde se sentara no primeiro dia. Seu coração disparou mais uma vez. Ele ficou lívido. Percebeu que todos estavam olhando para ele. Ele não sabia como agir. Não conseguia esboçar um sorriso. Deparou-se com uma cena surreal. Olhou mais uma vez para sua carteira branca e notou que já estava ocupada. Havia um garoto muito bonito sentado lá, era o Greg, que havia entrado aquele ano no colégio, assim como ele. Não sabia como agir, começou a andar em direção a sua carteira tentando pensar o que fazer. Ao chegar lá, parou ao lado de Greg e disse:
- E aí mano, bom dia! – disse Lucas olhando para Greg.
O Greg que estava falando com um colega de sala se virou para o Lucas e falou:
- Fala meu! Dia! Você é o Lucas, né? Putz, mano, to aqui sentado no seu lugar. Como você não veio, aí vim sentar aqui, que para mim é melhor. Se importa de ficar no meu lugar?
Lucas não esperava aquelas palavras de Greg. Ia dizer o que? Dizer que não? Seria super indelicado de sua parte e iria criar um problema enorme. Nessa hora, Greg estava olhando para ele e Naty acabara de chegar e estava parada na porta da sala de aula conversando com sua amiga Lê. Neste momento, Lucas respondeu ao Greg que não se importava e foi sentar lá na fila da frente onde havia uma vaga desde o primeiro dia. Não quis ficar lá atrás no lugar do Greg, pois não gostava de ficar atrás. E foi em direção a sua nova carteira. No caminho, ficou olhando para Naty que estava ainda conversando com Lê. Ele ficava a admirando. Sentia-se bem. Ela passou por ele e o olhou e sorriu e foi em direção a sua carteira.
Naty cumprimentou o Greg e sentou-se e começou a arrumar suas coisas e colocar embaixo da carteira. Ela não sabia o que falar, estava sem graça e com vergonha. Greg catucou seu braço e cochichou em seu ouvido:
- E aí mina, vamos no xoppiz sábado?
- Então, vou com uma amiga tá?
- Sem problema mina. Aproveito e levo um mano meu.
- Tá. Olha a fessora chegou.
Naty e Greg se viraram para a frente quando a professora de história iniciou a aula. Seriam dois tempos de aula de história. A turma era um pouco bagunceira. Os professores se estressavam um pouco com a turma. Tinham alguns alunos que adoravam conversar durante as aulas além de perturbar os colegas. Normalmente esses iam pra coordenação quase sempre.
No intervalo Naty foi ao banheiro com a Lê e Bia. As três andavam com suas unhas pintadas com esmalte de cores bem vibrantes além de suas maquiagens. Bia também usava umas pulseiras coloridas ou pulseiras do sexo. São pulseiras que começou na Inglaterra e veio para o Brasil, onde as meninas usam pulseiras e o garoto que conseguir arrebentar uma pulseira recebe uma recompensa de acordo com a cor que arrebentou. A pulseira de cor amarela dá ao garoto o direito de um simples abraço, já a de cor rosa determina que a menina deverá mostrar o seio para o garoto. Já a pulseira de cor laranja permite uma dentada de amor, a roxa um beijo de língua ou até sexo. A pulseira vermelha obriga a garota a efetuar uma dança erótica à curta distância, a verde determina que o menino deve fazer sexo oral na menina, a azul é a menina que tem que fazer sexo oral no menino, a branca a menina escolhe o que quiser, já a preta é o sexo com a menina na posição papai-mamãe. Naty achava uma idiotice da moda e não usava essas pulseiras apesar de ser chamada de freirinha. Bia estava usando duas pulseiras brancas, uma pulseira rosa, uma vermelha, uma verde, três roxas e uma preta. Quando tocou o sinal as três correram para a sala de aula. Lucas ficou olhando a Naty entrar e a acompanhou com o olhar. E a viu sorrindo para Greg. Seu corpo gelou. Sentiu uma tristeza inundar seu coração e sua mente. Ele percebeu que Naty estava gostando do Greg e que suas chances seriam mínimas. Não queria atrapalhar o romance dos dois. Havia tomado uma decisão, Ia esquecê-la. Ele chegou a pensar que era um aviso, já que a morte de Priscila não havia completado um ano. Ele estava sendo castigado por gostar de outra menina.
O dia passou e tocou o sino para ir embora. Lucas se levantou e quando ia sair esbarrou na Naty por acaso. Ficaram cara a cara e neste rápido momento, se entreolharam e algo aconteceu. Ela pediu desculpas e sorriu. Ele deu um passo para trás, abaixou a cabeça enquanto Naty ia em direção a porta da sala sendo arrastada pela Lê enquanto olhava para o Lucas.
Naty ficou meio esquisita após esse encontrão, e comentou com a Lê e Bia enquanto se dirigiam para o portão de saída:
- Bia, Lê, meu, que coisa muito loca, me pareceu que o Lucas estava querendo me dizer algo, mas não conseguia e o pior, eu senti uma coisa quente que subiu a garganta que chegou a garganta.
- Deve ser vontade de vomitar, você come só porcaria! – exclamou Bia.
- Para com isso Bia, não tá vendo que ela tá pálida. Naty, como você está? – perguntou Letícia.
- Estou ficando melhor. Deve ser coisa da minha cabeça.
- Olha ele passando ali! – falou Bia.
- Quem? – perguntou Naty.
- Olha o Lucas, meu! Olha como ele te olha Naty! Cruzes que coisa mais esquisita! Sai pra lá! – resmungou Bia.
- É mesmo Naty. Acho que você tinha razão, mas não sei como explicar. – explicou Lê.
- Vamos embora. – Falou Naty.
- Vamos. – Falaram ao mesmo tempo Lê e Bia.
Naty foi para sua casa e ao chegar lá, sua mãe estava extremamente irritada e começou a esbravejar com ela mandando-a lavar a roupa dela e lavar a louça. Naty não questionou e foi almoçar. Após o almoço, lavou toda a louça e ainda lavou e passou sua roupa.
Por volta das três da tarde foi tomar banho e se arrumar para ir ao cursinho de inglês. Naty estava encucada com aquele olhar de Lucas e se perguntava o que ele estava pensando. - “Será que ele sentiu nojo de mim? Não pode ser” – logo se arrumou e foi pegar o busun. Chegou no cursinho com quarenta minutos de antecedência. Saiu cedo para não ficar naquela energia negativa de casa. Não era sempre assim, mas a mãe devia estar de TPM, pois estava descontando em todos em casa. Mais ou menos dez minutos depois o Greg chegou e foi direto sentar ao lado de Naty
- Oi Naty. – Falou Greg com um sorriso enorme no rosto e se aproximou e deu um beijo no rosto da Naty.
Naty sentiu aquele perfume de almíscar que exalava dele e se sentiu mais atraída e pensou – “que garoto cheiroso!” e respondeu retribuindo o beijo.
- Olá Greg. Tudo bem?
- Tudo mina. Fez o dever para aula de hoje?
- Fiz, quer comparar?
- Gata, nem fiz, posso copiar?
- Claro Greg, mas não sei se está certo.
- Não esquenta, não fiz mesmo.
Enquanto ele copiava ela ficava secando ele. Não parava de se maravilhar. As minas passavam e a olhavam com inveja.
Quando ele terminou de copiar ele colocou o livro dela em cima da mochila dela e com isso seus rostos ficaram tão próximos que dava para sentir o calor da baforada. Aí ele falou bem pertinho já encostando a ponta de seu nariz no meu.
- Gata você me salvou, hoje, valeu! – falou Greg bem devagar.
Naty praticamente estática gaguejou
– QQQue iisso Greg foi u..
Greg tacou-lhe um senhor beijo na boca de Naty. Ele iniciou com uma bitoca, depois outra e nesta hora ele já estava com as suas mãos na face de Naty. Seus dedos iam empurrando os cabelos dela para trás e a cada mexida no cabelo um beijo, depois ele veio com uma pequena mordida no lábio dela. Ela estava ali totalmente entregue a ele. Ela tentava retribuir mas não sabia o que fazer. Tudo era novo, sua primeira vez. E o Greg continuava a beijá-la e já estava com uma das mãos em sua nuca. Naty estava imóvel esperando o ataque final. Greg com muita delicadeza foi beijando, beijando e começou a colar seus lábios no da Naty, ela instintivamente começou a abrir sua boca enquanto o Greg introduzia a língua na boca de Naty e começava a mover sobre a língua dela. Ela por sua vez começou a fazer o mesmo movimento também e pensava – “Meu, que beijo mais gostoso! Que beijo mais gostoso! Que cara mais gostoso! Eu vou morrer! Meu, que calor é esse que vem de baixo. Como é bom beijar.” Greg foi tirando a língua e continuava a fazer carinho e beijando e depois foi se aquietando em seu lugar, mas não tirava os olhos da Naty.
Naty estava de olhos fechados ainda e os foi abrindo bem devagar. Estava meio tonta, estava vendo tudo turvo e aí voltou a terra quando ouviu a voz de Greg lhe perguntando:
- E aí mina, gostou?
- Nossa Greg, foi surreal. – falou Naty já completamente rubra.
Greg sorriu e a chamou para a parte mais externa do cursinho, onde ficariam em pé. Naty foi atrás dele sem questionar. Estava uma tarde linda, com um sol ainda gostoso e quente. Nada estragaria aquele momento.
Greg a chamou para perto dele, onde este se encostou na parede, tirou a mochila das costas dela e colocou no chão e a trouxe para junto dele, frente a frente. A olhou fixamente e com uma das mãos levantou o queixo dela e depois aproximou sua boca a dela e começou novamente a série de bitocas e mordidas em seu lábio. Ele a segurava pela nuca e a outra mão estava passeando pelas costas de Naty. Quando ele a apertou contra seu corpo, ele deu aquele beijo de língua bem demorado. Naty estava nas nuvens, passavam milhões de pensamentos, mas teve um momento em que se fixou em um pensamento: -“Meu, que é isso? O que o Greg tá fazendo? Que coisa mais estranha! Mas é tão bom. Sensação esquisita mas boa. Senti de novo essa coisa, o que é isso? Ups, de novo! Será que devo perguntar? Não vou abrir os olhos. Que vergon..Ai meu Deus essa foi forte. Tem algo mexendo aqui em baixo, será que é algum bicho? Será que o Greg tá sentindo? Mexeu de novo. De novo. Xii.. Agora tá ficando mais intenso e mais rápido.”
Naty foi fechando a boca e se afastando de Greg e rapidamente olhou para baixo para ver o que era e se deparou com algo estranho e pensou. -“Não há nada entre eu e Greg. Não era nenhum bicho. Cruzes, o que é isso no Greg? Será que ele tá doente? Nossa, mexeu de novo, eu vi. Era isso gente! Que vergonha! Será que foi minha culpa! Coitado.”
Naty pegou a sua mochila e saiu correndo para o banheiro feminino. Greg a chamou, mas resolveu sentar no chão e aguardar um tempo, antes de ir atrás de Naty.
Naty não queria sair do banheiro com vergonha do Greg. Mas sabia que não poderia ficar ali dentro para sempre. Chegou a achar que ele estava doente. Naty se olhava no espelho, mas em vez de ver sua cara preocupada, via um semblante de felicidade. Será que era assim mesmo? Naty, começou a se lembrar da aula de educação sexual que foi dada no quinto ano do ensino fundamental um. Ela começou a rir sozinha imaginando o que suas amigas iriam falar com ela depois que ela contasse o que aconteceu com ela. Uma certeza ela tinha, já não poderia ser mais estigmatizada como uma BVL. Não mesmo.
Saiu do banheiro já na hora de entrar na sala de aula, onde o Greg já esperava com uma cara de preocupação e perguntou a ela:
- Meu, onde você estava? Tava aqui preocupadão! Tudo bem?
- Desculpe Greg, tá tudo ótimo, e você tá bem? – Naty falou com um sorriso enviesado olhando rapidamente para a cintura do Greg.
- To ótimo, por que?
- Nada. – Naty riu novamente baixinho.
E a aula de inglês começou.(continuua..)
* * *
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