segunda-feira, 12 de julho de 2010

As Aventuras de Naty #11


  • Capítulo 11


Naty dormiu a tarde toda e só acordou as 21:00 horas porque seu pai veio ver se ela estava bem. Ela acordou sobressaltada e quando acordou contou ao pai sobre o sonho que acabara de ter.


- Pai, eu tive um sonho muito esquisito.

- Um pesadelo, filha?

- Não pai, é estranho, parece que é verdade, mas sei que não é. Entende?

- Procure me contar para que eu tenha uma idéia correta.

- Tá. Então, eu estava muito cansada e resolvi descansar um pouquinho. Comecei a cochilar e de repente comecei a sonhar o sonho que eu tive essa noite que passou. Deixe-me explicar melhor. Era como se eu estivesse vendo eu sonhando aquele sonho que tive.

- Nossa que confusão. Então me conte esse sonho da madrugada.

-Tá. Então, eu estava muito cansada e resolvi descansar um pouquinho. Comecei a cochilar e de repente comecei a sentir que estava flutuando em meu quarto. Não tinha consciência do que estava acontecendo, pai. Era o meu quarto e eu voando. Loucura, mas é a única explicação para a sensação que estava experimentando. Depois de me sentir acostumada e sem medo, resolvi olhar para baixo. Caraca, pai eu me vi deitada na cama, aí comecei a ficar desesperada, achei que estava mortinha da “silva”. Meu, o pior é que eu queria voltar para o meu corpo e não sabia como fazê-lo e com isso meu desespero aumentava. – Naty falava em um tom ofegante, quando seu pai colocou a mão em seu braço e comentou:

- Calma filha, para tudo há uma explicação, mas continue a contar para juntos acharmos uma explicação se é apenas um sonho, pesadelo ou outra coisa que não sabemos. –falou o pai calmamente para tentar diminuir a angústia de sua filha.

- Tá pai. Como estava falando eu estava agoniada e muito tensa em me ver deitada na cama e não poder voltar. É muito esquisita a sensação, depois vai ficando gostoso, uma sensação de liberdade, de ser livre. Pai do céu, de repente tive a sensação de ter sido puxada, sei lá, puxada não, atraída por algo que não sabia o que era e aí começou a doideira. – Naty estava agitada e começou a se mexer na cama. Ela estava sentada de pernas cruzadas na cabeceira da cama e virada para o seu pai. – Fui atravessando o teto do meu quarto e flutuando para algum lugar que não sei onde. Não sei bem ao certo o tempo que demorou a chegar nesse lugar tranqüilo, é como se realmente não existisse tempo, pai. Lá percebia que havia outras pessoas, mas não as via realmente, como vejo o senhor aqui, apenas sabia que estavam lá e pareciam estar ali como eu estava. – Pai, o senhor está com a boca aberta. O senhor deve estar achando que eu estou louca, né? – perguntou Naty.

- Não filha! Não estou achando você louca. Estou boquiaberto, pois apesar de ser católico e praticante, eu acredito nisso que você está falando. Eu li um livro que falava sobre esse tipo de experiência. Mas filha continua para depois falarmos. – Seu pai adorava ouvi-la falando.

- Então, lá nesse lugar eu me sentia como se estivesse conectada a todos que estavam ali. Não nos ouvíamos, mas nos sentíamos, não precisávamos de boca pra falar e ouvido para escutar, mas nos ouvíamos, não precisávamos de olhos para nos ver, mas nos sentíamos. Pai é muito surreal a sensação de frescor, mas não tínhamos pele. Estávamos ali, isso é certo. Em certo momento que eu não sei precisar, percebi a presença de um amigo da escola, que ao senti-lo ali perto, senti meu coração disparar. Paizinho é muito estranho, mas quando notei que era o Lucas, senti meu coração na boca, só sensação, pois não tinha corpo, mas as sensações que tinha eram idênticas ao que sinto aqui, real na terra. Ai, cruzes! Fiquei toda arrepiada. – se estremeceu toda. – Fui à direção dele e o chamei. Me parecia que ele também estava perdido. Aí eu falei com ele. Pai que loucura isso! Ele tentou me provar que amava a mim e não a namorada dele, a Laryssa. Eu sempre retrucava o que ele falava dizendo que era um sonho e que isso não era real. Mas mesmo assim ele continuou a dizer que me amava e iria me provar terminando com a Laryssa. – neste momento, Laryssa estava em um estado entre a insanidade e o paraíso. E continuou: - Não é possível essa coisa. Não parecia sonho, mas não era real também. Pai será que ele me ama? Será que tudo isso era um sonho?

- O que você acha? Você acreditou, ou acha que é um sonho? – perguntou o seu pai.

- Acho que é um sonho real.

- Agora você me deixou confuso. Como assim um sonho real? – questionou novamente.

- É como se o meu coração quisesse aquilo, mas não aqui neste mundo, só naquele. Mas pai, me diga a sua opinião. Já dá para me internar? – sorriu a Naty, olhando atentamente para seu pai aguardando uma resposta coerente, já que para ela seus pensamentos eram completamente incoerentes.

- Filha, se eu te responder como uma pessoa completamente cética, eu diria que isso não é possível e tudo não passou de um sonho. Mas não sou cético. Eu penso que nós seres humanos, não nos conhecemos e nem conhecemos a força que nos rege. Eu acredito nessa coisa de experiência fora do corpo, ou o outro nome... qual é mesmo... estou ficando velho.. ah lembrei, viagem astral.

- Viagem Astral? – perguntou Naty, com um olhar de curiosidade.

- Vou tentar lhe explicar de uma maneira simples. Esta viajem representa a nossa alma, que durante o sono sai atrás de experiência. Umas pessoas chamam de alma, outras de corpo etéreo e acredito que tenha mais outros nomes. Você deve estar pensando neste momento: “será que meu pai está querendo me dizer que eu e Lucas nos encontramos? Aliás, nossas almas se encontraram?”. Bem filha, em minha parca opinião eu acho que sim.

- O que? Sério? – Ajoelhou-se na cama – Como assim, pai?

- Calma Naty, se acalme. Vamos ver os fatos.

- Tá, vamos... vamos. – falou ansiosamente.

- Querida, tudo o que você contou aqui é muito peculiar e muito detalhado para ser um simples sonho ou um acesso de loucura temporária. Para falar a verdade, me pareceu muito real essas suas sensações. Vejamos, hum... Suponhamos que tudo que você ouviu do Lucas seja verdade. Ele te ama e vai terminar com a Laryssa.

- Pai para com isso! Isso não irá acontecer. Eles fazem um lindo casal. – retrucou Naty

- Filha, como eu disse é suponha que isso tudo seja uma verdade. Então qual seria a sua posição? Você largaria o seu namorado em prol do Lucas? – sussurou o pai, para que a mãe de Naty não escutasse.

- Caramba que situação difícil. Vamos ver... – Naty começou a pensar por alguns segundos e continuou: - Não! Eu não iria terminar com o Greg para ficar com o Lucas. Eu acho que estou amando o Greg de verdade. Apesar de achar que amava o Lucas. Nossa isso é tão confuso.

- Naty será que você não está enganada e está apaixonada pelos dois meninos?

- Ahãm! Tá doidão pai!

- Chiu! – pedindo para Naty falar baixo.

- Desculpe! Não é possível uma pessoa amar duas pessoas ao mesmo tempo. Não acredito nisso. Pai isso só pode ser invenção sua.

- Filha, não é não. Existem pessoas que realmente dizem que amam duas pessoas ao mesmo tempo. Não sei como é isso. Pelas nossas leis seria bigamia se fosse casamento, ou se estivermos namorando isso é considerado infidelidade. O mundo dos homens tentam manipular nos seres mortais, nos ditando regras e dizendo como devemos nos comportar e amar. Eu acho isso uma balela, mas infelizmente as regras são necessárias para conter os maus de coração.

- Mas pai, você acredita que uma pessoa pode amar duas ao mesmo tempo?

- Sim filha, eu acredito.

- Por que? Isso aconteceu com o senhor? – sorriu marotamente a Naty para o pai.

- Rummm... Não vamos perder o foco Naty. A história é sua e não minha.

- Sei pai! Eu já falei, eu não deixaria o meu Greg pelo Lucas.

- Naty!!! Não cuspa para o alto!

- Cruzes pai. Está agourando meu namoro? – reclamou Naty com um olhar direto e duro para o pai.

- Claro que não Naty. Deixa de ser boba. – reclamou o pai com ela. – Acho que você deve esperar e ver onde isso vai dar. Se for verdade ele irá terminar com a namorada dele.

- Cruzes pai. Não quero que eles se separem não.

- Ninguém quer isso, é apenas uma suposição. Vamos deixar isso filha. Vai lavar esse rostinho e depois vamos jantar. Sua mãe já deve estar zangada com a gente.

- Vamos sim pai. Obrigada pela ajuda. Amo você. – ela o abraçou

- Também te amo filha. Vamos lá. – O pai da Naty a pegou no colo e a colocou de pé e deu um beijo no rosto dela.

Ao ver que eles estavam se levantando a mãe de Naty sai devagar sem ser notada por de trás da porta do quarto de Naty. Ela ouviu quase toda a conversa e não gostou nada de ser a última a saber, que Naty estava namorando com um tal de Greg.

Após o jantar, sua mãe a mandou lavar os pratos. O pai disse que ia ajudá-la, mas a sua mulher não permitiu e arrumou uma desculpa para que ele não auxilia-se a sua filha. Naty disse que não precisava e que eles poderiam descansar.

Enquanto Naty arruma a louça do jantar, pensava em tudo o que acontecera nesta sexta-feira mais louca de sua vida. A sexta-feira ainda não havia acabado.

Quando terminou de arrumar tudo, foi tomar banho e depois iria entrar na internet e procurar suas amigas para conversar.


* * *

Lucas já estava em casa, após retornar do shopping, onde havia rompido sua relação com Laryssa e resolveu entrar no MSN para tentar ver se ela estava on-line e falar com ela, não ter mal entendido. Ele não obteve sucesso, pois aparentemente ela não estava disponível para conversar. Ele não sabia se ela já o tinha bloqueado de sua lista de amigos. Mas para sua surpresa viu que Rhaissa estava on-line e já estava mandando uma mensagem para ele, que acabara de aparecer em seu monitor LCD de vinte polegadas.

- Oi amado! Como você está?

- Ah Rhaissa, estou triste.

- Por quê? O que aconteceu?

- Eu terminei com a Lary, hoje.

- Como assim?

- Ué, terminamos hoje. Aliás, eu acabei com o relacionamento. Você sabe que eu gosto da Naty.

- É eu sei. Mas então por que a tristeza?

- É que a Lary não entendeu a minha intenção. Eu disse que não queria magoá-la e gostaria de continuar a ser amigo dela, fazer parte da vida dela.

- Já sei. Ela disse não! Lucas isso é normal. – um tempinho se passou e Rhaissa voltou a escrever: - Espere um pouco até a poeira assentar, mulher é assim mesmo. Vocês homens.. – mais uma vez Rhaissa demorou a terminar de escrever: - Querido me dá um minutinho, não saia daí, já volto.

- Tá bom.

Rhaissa deu uma parada para poder falar com Naty que acabara de mandar uma mensagem e também chamado atenção da Rhaissa no MSN. A mensagem da Naty era a seguinte:

- Amiga, por favor, me ajude! Estou confusa demais. Meu pai acha que eu amo o Greg e o Lucas. Please Help me! ;)

Essa mensagem atiçou a curiosidade da Rhaissa que pensava: - “Que destino é esse que pôs os dois amigos a falarem comigo um sobre o outro. Isso deve ser obra do destino. Só pode. Vamos lá.”.

- Olá Naty, como vai querida? - Rhaissa mantinha em sua tela, do monitor, as duas caixas de mensagens abertas onde ela podia ver e escrever para os dois sem precisar muito malabarismo. Só tinha que tomar cuidado para não errar e continuou a falar com Naty. - Diga amiga, o que aconteceu para você estar com essa dúvida?

- Amiga, eu fiz, segundo o meu pai, uma viagem astral. Acredita?

- Claro Naty. Eu sou muito holística e acredito que o ser humano é capaz de coisas inexplicáveis hoje.

- Nossa, parece meu pai falando. aishuashuiashu (rindo)

- Sai pra lá! Mas e aí, encontrou o Greg nessa sua viagem?

- Não! Encontrei o Lucas. – um silêncio se fez entre as duas (nada foi escrito durante um tempo). E Naty continuou: - ele disse que me amava e disse que iria terminar com a Laryssa. É mole! Eu não acredito nisso.

- O que? Ele disse isso pra você? – espantada, Rhaissa deu um pulo da cadeira de seu computador e começou andar em círculos em seu quarto, que era enorme, oposto da Naty. Rhaissa olhava para a tela e não tinha mais dúvida que o amor de Lucas havia ido falar com Naty. Lucas continuava esperando a Rhaissa retornar ao MSN. Naty respondeu:

- Sim amiga. Ele disse isso para mim. Era perfeita a conexão. Acho que estou doida e o pior que o doidinho do meu pai disse que eu amava os dois, vê se pode isso. Não acredito que uma pessoa possa amar duas ao mesmo tempo.

- Cara, você é uma sortuda! – disse Rhaissa a Naty.

- Lucas? Você ainda está aí? – escreveu Rhaissa para Lucas.

- Sim! Respondeu Lucas!

- Você acredita em destino? – Rhaissa ainda espantada falou com Lucas

Naty mandou sua mensagem: - Rhaissa, você me assusta às vezes. Como posso ser sortuda? Acho que ninguém está bem essa sexta-feira. Amiga, hoje eu quase morri de manhã e fui salva por um garoto da escola, acredita?

- Claro que acredito em destino Rhaissa. Mas acho que pré-destino só algumas pessoas é que são assim. Mas mesmo assim, acredito que elas têm o livre arbítrio para quase tudo. – Lucas respondeu a Rhaissa.

- Claro que acredito Naty, mas o que aconteceu com você? – Rhaissa escreveu para Naty e agora escrevia uma mensagem para seu amigo: - Eu acho que você é um cara iluminado. P.Q.P. – Você é F...

- Por que isso agora Rhaissa? – perguntou Lucas atormentado com a afirmação de sua amiga

- Nada Lucas! – respondeu Rhaissa!

- Nada Lucas? O que quer dizer isso amiga???? – perguntou Naty espantanda.

Rhaissa sussurrou - “Caramba, mandei a mensagem para Naty ao invés do Lucas me deixa responder.”. – Naty, você é que me deixa doida. Desculpa. – ela continuou a pensar: - “Tenho que falar com Lucas o que está acontecendo. Mas será que irei trair a Naty fazendo isso? Meu Deus, o que eu faço?”

- Lucas... – Chamou Rhaissa: - estou falando com a Naty nesse instante.

- Jura! Como assim! – exclamou o Lucas!

- Juro amigo.

- O que ela está fazendo em casa numa sexta-feira à noite? Ela está bem, está machucada? – perguntou o Lucas completamente entusiasmado e ao mesmo tempo espantado por ela estar

- Rhaissa, você está aí? – alertou Naty.

- Sim, sim!

- Por que você está tão quieta? Por que você disse “Nada Lucas!”.

- Naty sei lá o porquê, é você que me deixa confusa! Ashuiashuiashuia (rindo)

- Hãm! Pela manhã eu estava meio fora do ar e atravessei a rua sem olhar se vinha algum carro e de repente o carro estava ali para me atropelar e uma alma boa me puxa para trás e me tira da linha de frente. Eu caio sobre ele e não percebo e eu levanto e ele vai embora. Não o vi. Já no colégio, na sala da diretora, soube que o meu salvador é um estudante do meu colégio que prefere ficar no anonimato. Não é fofo demais?

- Lucas ela está falando sobre o salvador dela. Isto é você. Ela está te chamando de fofo, ai que lindinha! – Rhaissa falou com Lucas e foi imediatamente responder a Naty: - É sim meu anjo. Que bom que seu anjo da guarda está atendo.

Naty relutou, mas escreveu o seu pressentimento:

- Você pode me chamar de louca, mas na hora que foi dito que o meu herói era do colégio eu pensei no Lucas. Caral.. Você acredita que eu até gostei.

- Jura Naty, que legal, você tá mesmo apaixonada por ele. Legal! Quero ser a madrinha – falou Rhaissa para Naty e foi para o chat com Lucas e escreveu: - Meu, a Naty achou que você é que salvou ela. – P.Q.P. essa história tá ficando muito boa.

- Que isso Rhaissa, que história é essa? Tá maluca! – ele ficou meio cabreiro e reclamou: Rhaissa você disse a ela? Eu te pedi para não contar a ninguém?

- Epa! Não falei nada seu bobo. Eu estou apenas reproduzindo o que ela disse. Agora não vou mais te falar mais nada. – disse Rhaissa chateada com ele.

- Fala sim, não faça isso.

- Rhaissa, eu não estou apaixonada pelo Lucas. Eu estou namorando o Greg e estou apaixonada por ele. Não existe essa coisa de gostar de duas pessoas. Parece até aquele romance do Jorge Amado, Dona Flor e seus dois maridos. Eu não gosto disso não. Sou muito fiel e não admito esse tipo de atitude.

- Faço sim. Espera aí bobo.

- Calma aí Naty. Quem é que sonha todo o tempo com o Lucas. Quem é que fala o tempo todo dele? Quem é que faz viagem astral com ele? Se isso não é amor, então é o que?

- Nossa Rhaissa, agora você pegou pesado. Eu não posso estar apaixonada por duas pessoas. Isso é inconcebível para minha pessoa.

- Rhaissa, o que tá havendo, poxa? – perguntou Lucas aflito querendo saber o que está acontecendo.

- Relaxa o papo aqui tá ficando bom!

- Então me manda as conversas para que eu saiba.

- Não! Isso é papo de garota! E também não faria isso com ela. Ela é minha amiga também! – Rhaissa deu um chega pra lá em Lucas. – Naty, você já levou em consideração que o que você sente pelo Greg não é amor e sim aquela ternura de ser o seu primeiro namorado e blá, blá, blá...- agora respondeu a Naty

Lucas retrucou: - Poxa Rhaissa, sou seu amigo a mais tempo. Se fosse ao contrário eu contaria.

- Essa é a diferença entre os homens e as mulheres. – respondeu com superioridade a Rhaissa ao Lucas.

Naty pensou muito em que sua amiga comentou e respondeu sem muita segurança: - Não concordo. Do jeito que você está falando, eu pareço uma imbecil e pirralha. Eu sei que o amo. Acho que o que sinto pelo Lucas é apenas uma atração física.

- Naty, desculpe-me se vou ser um pouco dura com você, mas acho você ainda muito imatura. Seu coração está apontando o que ele quer, mas sua razão quer continuando a acreditar que você está amando o Greg.

- Lucas não vá embora! – pediu Rhaissa

- Tá bom! – respondeu ele.

- Sabe amiga, você pode até estar certa no que você disse, mas eu não sinto isso. Por isso espero que você me entenda e me apóie em minha decisão. – Naty estava com um ar de tristeza em sua colocação e Rhaissa entendeu isso.

- Fiz M.... Lucas.

- Naty me perdoe, não queria magoá-la, não era minha intenção. Eu quero que você seja feliz de verdade. Esse ano você descobriu o beijo, o relacionamento e o amor. Você sabe o quanto eu torço por você.

- O que aconteceu? Fala? – pediu Lucas.

- Eu sei amiga que você quer meu bem. Mas o dia de hoje foi pesado e estranho demais. Vou descansar. Beijos e obrigada.

- Por favor querida, me perdoe.

- Não tenho nada a te perdoar. Você falou o que você sente e eu a respeito por isso. Não se preocupe. Te adoro. Beijos.

- Também te adoro querida. Beijos. Boa Noite. – respondeu Rhaissa, antes da Naty ficar off-line.

Naty se arrumou e foi deitar-se pensativa e chorosa. Rhaissa continuou sua conversa com Lucas.

- Lucas eu fui muito dura com ela e ela não mereceu.

- O que houve?

- Eu devia ter apenas a ouvido.

- Meu Deus Rhaissa, o que aconteceu?

- Coisas de mulheres Lucas. Como eu te disse, não posso traí-la. Eu deveria contar a ela que conheço a você, para que tudo ficasse equilibrado. Não é justo você saber e ela não que eu conheço você. Ela tem o mesmo direito, concorda?

- Concordo e deixo você a vontade para falar com ela. Até lá eu não falarei que conheço você até para você não ficar mal. Combinado?

- Tá bom, combinado. Lucas, agora que você está livre, não force a barra para cima da Naty, por favor, ela está confusa em muitas coisas. Só peço que a respeite.

- Eu sei amiga, você me conhece e sabe que eu não faria nada para magoá-la. Eu quero que ela seja feliz ao meu lado, mas sei que primeiro ela tem que me amar também. Se hoje ela está com o Greg é porque ela gosta dele e isso eu irei respeitar. Mas se um dia, qualquer dia ou hora eu souber que ela está só, eu irei mostrar o meu amor por ela e ninguém poderá dizer que fui eu que atrapalhei. Sei que irá doer muito vê-la com outro, mas se ela está feliz com isso, já me basta o sorriso dela para viver.

- Nossa Lucas, que lindo é você. Por isso eu o admiro muito e tenho muito orgulho de ser sua amiga. Eu prometo estar ao seu lado sempre que você precisar meu lindo.

- Eu sei querida, mas seu namorado não irá gostar. – brincou Lucas.

- Deixa que dele cuido eu. – Querido boa noite. Vou sair para namorar. Se cuida e qualquer coisa me liga.

- Ok. Você também e Rhaissa, obrigado por tudo. Avise-me quando você falar com Naty que você me conhece. Beijos.

- Tá. Beijinhos.

Lucas e Rhaissa desligaram o MSN. Rhaissa foi se arrumar para sair com seu namorado, enquanto Lucas pegou um livro para ler. O título era Orgulho e Preconceito da autora Jane Austen, é um romance de época. Durante sua leitura, Lucas lembrou que se esqueceu de falar com Rhaissa que a Laryssa acertou quando disse que ele amava a Naty e que o estranho nisso era como ela desconfiou e acertou em cheio.

Após algumas páginas, o sono veio caindo em suas pálpebras onde apoiou o livro em cima de sua cabeceira, apagou a luz.

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