segunda-feira, 5 de julho de 2010

As Aventuras de Naty #8

ÊÊÊhh , até que enfim o Rick decidiu continuaar a hitória da Naty*------* #aplauos ;

Entãao vamos lá...




Título: As Aventuras de Naty - Aspiração de uma adolescente (Livro 1)



  • Capítulo 8



Laryssa não era uma garota que desistia fácil. Quando decidia alguma coisa que para ela era importante ia até o final, isto é, até conseguir. Neste momento o objetivo dela é fisgar o Lucas. Laryssa também desconfiava de que rolava um clima entre Lucas e Naty mesmo sabendo que Naty namorava o Greg. Seu sexto sentido dizia que eles sentiam algo um pelo outro, mas ela não queria ver isso acontecer, então resolveu apostar todas suas fichas em sua investida para capturar o coração de Lucas.


A cada dia, na escola, Laryssa procurava se fazer presente em todos os momentos vagos ao Lucas . Procurava não deixá-lo sozinho. Com seu charme e beleza foi o envolvendo e conquistando-o. Mesmo quando Lucas ficava triste, quando via a Naty e Greg se agarrando em algum canto da escola, Laryssa aproveitava este momento de fraqueza para conquistá-lo. Em um sábado de abril, Lucas e Laryssa foram ao cinema vê um filme romântico. Clima propício, escurinho, friozinho, romance e nasce um beijo, dois beijos e muito mais. Neste dia iniciou o romance de Laryssa e Lucas. Para ele uma chance de amar novamente.


No domingo se encontraram para tomar um sorvete e namorar. Segunda-feira na escola, ninguém sabia do namoro dos dois, nem mesmo as amigas poderosas de Laryssa. Ela queria fazer uma surpresa. E foi. Quando viram a Laryssa abraçar e beijar o Lucas, todas começaram a gritar e a bater palmas. Uma grande festa. A turma toda se voltou para eles. Nesse grupo também estavam Naty e o Greg. Greg sorriu, bateu palmas, mas Naty estava olhando incrédula com o que estava vendo. Greg a abraçava e a beijava também. Lucas e Naty cruzavam seus olhares e pareciam incomodados com a situação.


Os beijos, os amassos, os encontros e os agarramentos, se seguiram por semanas a frente. Laryssa se apaixonando pelo Lucas e Naty por Greg.


* * *

Noite fria de quinta-feira, inverno iniciando, muita pegação no romance de Naty e Greg. Quatro meses intensos se passaram. Lucas e Laryssa também estavam juntos. Semana de prova estava por vir e iniciando ensaios para a festa junina do colégio. Lucas e Laryssa eram um casal que não desperdiçavam tempo com conversas, mas com muitos beijos, abraços e apertos. Não era diferente entre Greg e Naty que sempre estavam juntos. Laryssa é muito possessiva e intensa, já Naty era mais liberal, confiava em Greg.


No final da semana anterior, Greg e Naty, não se encontraram, pois tinham que estudar para a semana seguinte de provas. Naty bem que tentou se encontrar com Greg, mas sua mãe proibiu. Durante a semana de prova quase não ficou com Greg, fazia a prova e ia logo para casa, por ordem de sua mãe. Não tinha como lutar contra a opinião de sua mãe, Naty sofria muita pressão em casa. Sua mãe não a apoiava, não conversava, não dava-lhe a liberdade para que ela pudesse expor os seus sentimentos, apenas cobrava que ela fizesse seus afazeres de casa e do colégio. Naty só se sentia livre quando não estava em casa, ou quando estava em companhia de seu pai. Naty achava que sua a mãe não gostava dela, pois desde de pequena sua mãe raramente sorria para ela. Com o nascimento de seu irmão mais novo, Peter, Naty achou que sua mãe a deixaria em paz, mas foi um grande engano, aí mesmo que sua vida ficou mais dura, Naty que tinha 9 para 10 anos quando ele nasceu, se viu tendo que fazer trabalhos pesados de faxina, ficar acordada tomando conta de seu irmão enquanto sua mãe dormia, ou ia ao salão de beleza ou ainda ao supermercado. Naty nunca reclamou, fazia de tudo para agradar sua mãe, mas em vão.


O pai de Naty, também não tinha voz ativa em sua própria casa, mas procurava amenizar a dor de sua filha com atenção, carinho, apoio e ainda a ajudava nos serviços caseiros. Ele conversava muito com ela, era amigo e a protegia quando podia. Ela teve sua orientação sexual com ele, quando ela ficou menstruada. Ele sentou com ela e explicou tudo o que podia explicar sobre ser uma adolescente, virgindade e sexo. Naty não tinha tempo de brincar com suas vizinhas e amigos da rua. Raramente saia de casa, isto é, raramente tinha tempo para sair de casa, pois sempre estava envolvida com algo. Naty sempre teve um bom coração, mas sofria muito, pois queria muito que sua mãe a amasse.


Naty era muito especial. Ela conseguia fazer seu irmãozinho dormir rapidamente, já a sua mãe não. Ela o protegia, para que sua mãe não brigasse com ele. Sempre atenta as atitudes de sua mãe. Naty cresceu antes do tempo, amadureceu muito rápido e sofria muito. Naty não gostava de dormir, pois era tomada por pesadelos. Desde pequena, ela tem pesadelos sobre alguém que a persegue e sobre um acidente que leva a sua morte. Em todos esses pesadelos ela sempre vê um garoto de costas para ela. Ele a chama pelo nome e diz a ela que ele a ama e nunca a deixará sofrer.


Nessa noite muito fria em São Paulo, oito graus, não seria diferente. Naty estava tendo um daqueles pesadelos terríveis. O sonho lhe parecia muito real. Era mais um dia de aula e algo que ela viu a deixou pertubada e muito desnorteada. Seu chão havia sumido, sentia que sua vida seria um eterno sofrimento. Chorava muito, mas não soltava um som se quer. Depois de alguns segundos, saia correndo e de repente estava morta. Não sabia o porque e como havia acontecido. A sua sensação era que havia sofrido um acidente e estava morta.


Naty quando acordava, tinha sempre a sensação de que aquilo era uma verdade. Ou já havia acontecido ou iria acontecer, mas o mais estranho era que ela gostava da sensação de estar morta, mas não suportava a dor que sentia ao ver algo, que na verdade ela não sabia o que era. Esse era o momento em que se debatia na cama, mas quando se sentia morta, ela relaxava. E foi o que aconteceu nessa noite. Mais uma vez sentiu a morte e aquele garoto chamando seu nome. A voz dele podia ser comparada a voz de um anjo. Ela sempre tentava olhar para o rosto dele, mas não conseguia e aí ela o chamava por um nome que ela nunca se lembrou e quando ele estava virando o rosto em sua direção ela acordava assustada. Anos se passaram e o sonho é o mesmo. Ela sempre se perguntava o porque desse garoto só aparecer após sua morte.


Acordou durante a madrugada assustada, mas não saiu de sua cama pois era uma noite fria. Parecia um presságio da morte.


O dia amanheceu, frio e enevoado, parecia Londres em seus dias de "fog". Como sempre, Naty acordou cedo e se preparou para ir a escola e entre colocar uma roupa e outra ia arrumando a mesa do café da manhã, enquanto seu pai preparava o café, o leite e que já tinha ido a padaria buscar o pão quentinho. Sua mãe sentou-se à mesa e seu irmão também. Naty tomou seu café com leite em pé, quando terminou, lavou sua xícara e foi em direção ao banheiro para escovar seu dente. Despediu-se de todos e foi para a escola. Naty estava bem apesar de ter dormido mal, por causa do pesadelo.


Foi andando para a escola e completamente compenetrada em seus pensamentos que nem percebeu que estava atravessando a rua naquele momento em que um carro vinha em sua direção. A mulher que estava dirigindo um Honda Civic de cor preta, vidros escuros e modelo novo, percebeu que uma menina estava distraída e atravessava a rua sem notar a presença do seu carro e por esse motivo começou a frear o automóvel, que tinha ABS, e a também buzinar para ver se aquela garota a notasse. Por sua vez Naty ao ouvir aquele estardalhaço de buzina, retornou a vida real e ao perceber que estava no meio da rua, levou um grande susto e quando olhou na direção do som da buzina, viu um carro preto vindo em sua direção fazendo aquele barulho de pneu atritando no asfalto e ainda conseguiu percebeu os transeuntes gritando para ela na calçada. Ela gelou! Naty não conseguia mover um músculo sequer. Estava certa que iria ser atropelada. Nestes segundos antes do possível impacto, Naty pensou em seu pai, sua mãe, seu irmão e Greg quando sentiu alguém puxando sua mochila que estava em suas costas. O puxão foi com tanta força que Naty praticamente foi arrastada para trás. Ela deu um berro e caiu sentada em cima de alguém, possivelmente quem havia salvado sua vida. O carro parou um pouco depois de onde ela estava e isso era a prova de que se ficasse lá parada iria ser atropelada.


Naty ainda estava em choque e estava olhando para aquele carro preto e nem percebeu que estava sentada em cima de uma pessoa. Não uma pessoa qualquer, mas uma pessoa que salvou-lhe a vida.


- Você está bem? – falou o rapaz em seu ouvido.


O pesadelo daquela noite veio a sua mente. Será que estava morta, pensava ela. Era como se estivesse vivendo a mesma história do filme Ghost, estrelado por Demi Moore e Patrick Swayze. No filme ele é baleado e morre, mas seu espírito estava ali e inicialmente não percebia que estava morto. Naty se lembrou daquela voz de anjo e começou a chorar e a tremer e pensava que era o anjo de seu sonho que estava ali para levá-la.


As pessoas que caminhavam pela rua começaram a se aglomerar em volta dela. A mulher que dirigia o carro estava ali a sua frente perguntando se ela estava bem e a tentar tirá-la de cima daquele rapaz que havia salvado sua vida.


Por estar em choque, Naty não percebeu o rapaz que salvou sua vida se levantando e indo embora. Algumas pessoas cumprimentaram o rapaz por sua rapidez, presteza e coragem. Ela continuava a chorar. Uma mulher que mora naquela rua trouxe um copo com água e açúcar para a Naty beber. Ela já estava voltando a si e parando de chorar quando a coordenadora de seu colégio e mais alguns professores chegaram ao local.


- Minha querida, você está machucada? – A coordenadora, Lilian, chegou perto dela e perguntou. Naty ainda chorando respondeu negativamente com a cabeça e a coordenadora continuou.


- Vamos te levar para um hospital para ver se você está com alguma lesão interna e.. – Naty cortou a Lilian.


- Não, por favor, não! Não é necessário! Não quero ir a hospital nenhum, não estou machucada, não estou sentindo nada. Não fui atropelada e não estou machucada. Quero ir para a escola. – Naty começou a se levantar, quando o professor Robson, que era seu professor de geografia, a pegou no colo e começou a se encaminhar em direção a escola. Ele perguntou a ela se ela queria que chamasse alguém de sua família e se ela estava machucada.


- Não professor. Eu estou bem. O senhor pode me colocar no chão, por favor. Não quero chegar lá e pagar o maior mico, sendo carregada por um professor. – Ele riu e relutou um pouco, mas acatou a decisão dela. Ele ficou olhando para ela e viu que ela estava bem, e a acompanhou até a escola.


Ao chegar lá, foi direto para a sala da direção, onde teve uma recepção calorosa pela diretora da escola. Os professores que foram ao seu encontro estavam lá também, bem como a coordenadora Lilian.


- Quer um copo de água com açúcar meu anjo? – perguntou a diretora.


- Não senhora, obrigado. – respondeu Naty.


- O que aconteceu com você, minha filha? – continuou a perguntar a diretora, enquanto todos estavam prestando atenção ao diálogo.


- EEEu não sei bem, diretora. Realmente não sei como estou ainda viva aqui. – comentou Naty. Neste momento o professor de inglês, Célio, tomou a palavra e a direcionou a todos.


- A aluna Naty, quase foi atropelada por um carro. A senhora que estava dirigindo o carro, veio conversar comigo e me explicou que Naty atravessou a rua sem verificar se havia algum carro vindo em sua direção, confirma querida? – perguntou o professor.


- Sim, acho que sim. Cara, eu realmente não me lembro bem, meu só lembro-me de ouvir uma buzina e ver um carro preto vindo em minha direção. – explicou Naty a todos.


- Continuando, a tal mulher disse que não ia conseguir parar o carro a tempo, mas por milagre um adolescente apareceu e puxou a Naty para a calçada. – continuou o professor Célio.


- Que adolescente? – Perguntou Naty com espanto, mas continuou a falar. – Agora eu lembro. Caramba é verdade. Quando estava olhando para o carro, fiquei gelada e de repente senti sendo puxada para trás e logo fui para o chão. – disse Naty e ainda pensativa, segundos depois continuou a relatar o que se lembrava.


- Ouvi uma voz perguntando se eu estava bem. Isso a voz! – Naty levantou espantada e deixando as demais pessoas ao seu redor na sala da diretora apreensivos.


- Que voz? Quem era esse rapaz?- perguntou a coordenadora Lilian.


- Não sei! Não o vi. – Naty voltou-se para a Lilian e os demais professores e perguntou: - A senhora o viu? Alguém de vocês o viu?


- Não Naty, eu não vi e ninguém o viu. – afirmou a coordenadora.


- Tudo o que eu sei que ele é um aluno da escola – comentou o professor de geografia.


- Como assim um aluno da escola? Quem? – perguntou a diretora espantada.


- Não sei quem é, mas as pessoas estavam comentando que o rapaz estava com o uniforme da escola e veio nesta direção.


- Temos que descobrir quem foi esse herói e também saber se ele está bem? – disse a diretora.


- Eu tenho o cartão de visita da motorista. Ela se colocou a disposição para ajudar a Naty em tudo que for preciso. – falou a coordenadora.


- Perfeito. Vamos ligar para os pais de Naty. – falou a diretora.


- Não! – griotu Naty. – Não quero que minha família saiba, por favor diretora. Não há necessidade de preocupá-lo, eu estou bem. – continuou ela com um ar de súplica à diretora.


- Não sei querida. Nossa obrigação é relatar tudo aos pais. Mas como você está bem eu vou pensar. Acho melhor você ir para casa e descansar do susto, o que acha, linda? – comentou a diretora.


- Não, por favor eu quero ficar. Tenho prova de geografia hoje, não é “fessor”? – perguntou Naty ao professor Robson.


- É sim querida, mas se você precisar, você poderá fazer a prova de segunda chamada.


- Não quero! – retrucou novamente Naty e continuou. – Eu gostaria de saber quem me salvou. Queria agradecê-lo por ter salvo a minha vida. – parou Naty de falar e colocou-se a lembrar daquela voz. "-Eu acho que eu já ouvi aquela voz". Pensou Naty totalmente introspectiva.


- Diretora! – Chamou Naty.


- Sim querida. – Respondeu a diretora


- Posso ir para a sala de aula?


- Claro que sim, querida. Irá tocar o sino agora para o intervalo da primeira aula. Mas antes quero lhe perguntar algo. Você realmente está se sentindo bem? – perguntou a diretora.


- Estou sim diretora. – afirmou Naty.


- Então tá. Pode ir e boa prova querida. Qualquer coisa que você sentir, me prometa que irá vir me ver, tudo bem?


- Tudo bem, eu prometo. Mas tenho certeza que estou bem. Obrigada diretora. Obrigado a todos vocês. Vocês são um “must”. Valeu! – exclamou Naty, já se levantando e pegando sua mochila na poltrona que estava ao lado da porta.


Naty saiu pela porta da sala da diretora e imaginando quem teria sido seu herói. A voz era o ponto de partida. Ela tinha a sensação que já a conhecia, mas de onde? Naty chegou a sala de aula e viu o Greg de conversa com Dandara e Valéria. Ele estava bem a vontade com elas, pensou Naty. E continou a pensar. “ Eu quase morri e ele ali paquerando aquelas, aquelas pó-pu-la-res.”. Ela foi direto para sua mesa, quando se deparou com o Lucas olhando para ela com um olhar de preocupação. Naty olhou para ele e deu um leve sorriso e logo seguiu para sua carteira. O Greg a viu e foi em sua direção e perguntou:


- Mina, qual é o trampo?


- Que trampo, Greg? – respondeu Naty com uma pergunta com um tom super áspero.


- Calminha aí Mina! Meu! Por que você só chegou agora e tá tão nervosinha? – perguntou novamente o Greg.


- To nervosa sim Greg. Quase fui atropelada e podia ter morrido.


- Meu, que doideira! Como foi isso? – Greg ficou a espera da resposta além dos colegas em volta.


- Naty! O que houve? – perguntou sua amiga Letícia.


- Gente, quase fui atropelada na rua aqui de trás. Só que alguém da escola me salvou – cortou Greg.


- Quem é seu Superman, Louis Lane? – falou Greg com tom de zombaria.


- Nossa, Greg, não admito você falar desse modo da pessoa que salvou minha vida. Eu quase morri e você fica aí tentando ser um Bozo. Não te entendo meu. Fica aí zombando em vez de ficar feliz por eu estar viva. Aff. Greg vaza então. - Naty estava super irritada com a atitude de Greg.


- Uh uh uh..to tentando aloprar para tentar relaxar você mina. E aí você fica cheia de mimimimimimi. Tá to vazando! – Greg disse já se afastando de Naty com um ar de magoado..


- Greg! – Chamou Naty – Volte! Não tinha entendido! Greg! – exclamou Naty mas sem nenhum efeito sobre o Greg que foi saindo pela porta da sala e passou o resto da aula ignorando a presença da Naty.


Lucas estava sempre a acompanhando com seu olhar. Não saiu de perto dela. Não estava feliz por vê-la triste, mas aliviado por ela estar ali, viva.


Laryssa não estava gostando desse interesse súbito de Lucas por Naty. Os colegas de Naty não paravam de enche-la de perguntas do tipo: - Como foi? Você tá machucada? Quem te salvou? Quem será ele? - Naty sempre parava para pensar em quem havia salvo sua vida. A voz era a única referência e aquilo a agoniava, pois no fundo já ouvira aquela voz em algum lugar. Ela se perguntava: -"Por que ele não aparece? Por que não vem saber como eu estou?" – muitas perguntas e dúvidas rodeavam sua mente. No final da aula Lucas se despediu de Laryssa com um beijo e foi saindo. Laryssa estava desconfiada da atitude dele e resolveu segui-lo para ver para onde ele iria com tanta pressa.


Lucas estava do lado de fora do colégio ao lado da carrocinha de pipoca como se estivesse viajando alguém. Laryssa ficou de olho nele sem que ele percebesse. Ela estava com Dandara, Valéria e Elise. Todas fingiam conversar. Elas sabiam seu papel naquela farça. Laryssa já havia as preparado para isso.


Greg saiu pelo portão e Lucas ficou espantado com a falta de preocupação dele com sua namorada. Uns minutos depois, saía Naty e foi em direção a sua casa. Neste momento Lucas saiu atrás de Naty, como um espião que vai atrás de sua fonte. Lucas não percebeu que Laryssa fez o mesmo que ele. Ela começou a segui-lo sem que ele percebesse. Laryssa foi acompanhada com suas amigas. Ela estava com muito ciúme e não admitia ser trocada por nenhuma outra menina. Valéria ficou colocando minhocas na cabeça de Laryssa, dizendo que se o seu namorado, Marcelo, fizesse isso ele ia ver com quantos paus se faz uma canoa e ainda comentou que ia colocar um grande par de chifres. Esses comentários, só aumentavam a raiva de Laryssa em relação a Naty e Lucas.


Lucas seguia o mesmo caminho que Naty estava, mas ao ver através do reflexo de um pára-brisa a sua namorada e amigas, ele mudou de estratégia, entrou em uma outra rua e pegou um ônibus que estava parado no ponto. Laryssa e suas amigas não entenderam nada. Elas tinham certeza que ele estava atrás da Naty. Valéria começou a falar.
- Ué, ele não estava atrás da Naty? Laryssa, acho que você está doida.
- Val, para com isso. Estou me sentindo culpadapor estar desconfiando dele. Mas meu sexto sentido está me dizendo que tm coroço nesse angu. - retrucou Laryssa a Valéria.
Logo voltaram a escola. Laryssa não estava gostando daquilo.


Lucas conseguiu despistá-las e no ônibus pensava no que ele tinha feito hoje. Ao mesmo tempo, Naty estava seguindo para sua casa e pensando em quem teria salvo sua vida e como queria agradecer a esse rapaz por isso. Neste momento o celular de Lucas tocou.


- Alo! – falou Lucas.


- Oi meu lindo, como vai?


- Rhaissa, quanto tempo não nos falamos. O que houve menina? O que você está fazendo?


- Lindo, eu estou estudando muito e namorando muito. Nem entrando na internet eu estou. – falou Rhaissa rindo.


- Tá, vou acreditar. Quem é o sortudo que você está namorando? – perguntou Lucas.


- Querido, você não conhece. Ele se chama Ronaldo. Cara, ele tem o maior ciúme de você. Minha mãe fala de você aqui em casa e pronto, lá está aquela tromba enorme na cara dele, vê se posso com isso. – disse ela já as gargalhadas.


- Cruzes, mina. Sai pra lá. Não quero encrenca. Gatinha tenho novidades – comentou ele a sua amiga.


- Eu também tenho, mas fale você primeiro a sua novidade. – inquiriu Rhaissa o amigo


- Fale você primeiro.


- Lucas, eu perguntei primeiro, fale logo. – reclamou a amiga


- Tá bom, tá bom. Bem, estou namorando uma gata da escola. O nome dela é Laryssa. Miga, ela é L.I.N.D.A., mas extremamente ciumenta, é mole. Ninguém merece.


- Jura! Não pode ser, quer dizer que ela conseguiu! – Exclamou Rhaissa.


- Como assim, ela conseguiu? Você a conhece? – Perguntou Lucas, perplexo com a afirmação de sua amiga.


Enquanto o silêncio pairava ao telefone, Lucas percebeu que estava no ônibus ainda e não sabia para onde estava indo. Ele levantou e deu o sinal para o ônibus parar no próximo ponto. Aí ele falou novamente.


- Ei, você ainda está aí? Alo? Alo? – ele olhou para o seu celular sem bateria, completamente sem vida.


- Sacanagem! Quando chegar em casa tenho que ligar para ela. – resmungou Lucas, enquanto tentava se situar onde estava.


Havia saltado do busão e quando percebeu que ele ainda estava perto da escola ficou aliviado, mas por pouco tempo, pois notou que estava parado em frente a rua da Naty. De repente sentiu alguém tapando os seus olhos. Assustado tentou se desvencilhar daquela situação e retirou aquelas mãos macias de seus olhos e quase morreu ao ver Naty ali a sua frente.


- Olá Lucas! Que surpresa ver você aqui na minha rua. Conhece alguém aqui? – perguntou Naty enquanto Lucas suava frio. Estava pálido e sem ar.


- NNNããooo! Eu peguei, peguei o bundão errado. Perdão, o busão errado. Não sabia que você morava aqui. – gaguejou Lucas tentando se recompor, como se isso fosse possível.


- Há Há Há! Lucas você está com uma expressão tão engraçada. Parece que você viu um fantasma. Mano, sou eu, Naty. Hello, sua colega de classe. – comentou Naty as gargalhadas


- Não naty, pare com isso. É que eu peguei o ônibus errado e fiquei meio apavorado. Não sabia onde estava, é isso. – disse ele para ela.


- Calma Lucas, estava brincando. Não fique chateado comigo. Desculpa tá. – pediu desculpas a Lucas.


- Não é isso Naty. Desculpe-me também. Não estou chateado não. Acabei sendo estúpido com você. Perdoe-me Naty. Nunca faria isso com você. – Naty estava ficando ruborizada ao ver aquela rasgação de seda do Lucas. Como ele não parava de pedir perdão, Naty levantou a mão direita e com seus três dedos, indicador, médio e anular, colocou-os em seus lábios forçando-o a ficar em silêncio. Ele parou de falar e ambos trocaram olhares por um bom tempo até que ela disse.


- Lucas, eu vou pra casa, antes que minha mãe ponha a polícia atrás de mim. Falamos amanhã, legal?


- Sim, falaremos amanhã.- respondeu ele. Naty foi em direção ao rosto dele e deu-lhe um beijo na bochecha, se virou e foi em direção à sua casa que ficava mais a frente.


- Naty!! – Chamou Lucas. Ela se virou e balançou a cabeça perguntando o que ele queria. E ele continuou a falar - Você está bem? – Naty ouvindo essa frase, remeteu seu pensamento ao momento do acidente que teve essa manhã. Ela começou a pensar: - “Essa é a mesma frase que eu ouvi esta manhã. Será possível? Lucas foi o meu salvador? Essa voz parece a dele. Será?”


- Estou bem sim, obrigada! Lucas você... nada deixa pra lá. Vou indo. Beijos. – despediu-se Naty dele, saindo perdida em seus pensamentos.


Lucas ficou ali parado, admirando sua amada indo em direção a sua casa. Ao perdê-la de vista foi para casa.


* * *
Prezado(a) Amigo(a) Leitor(a),


Una-se a comunidade da Naty no orkut que já conta muitos membros. Se você quiser venha participar desta comunidade através do link http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=101020763 ou procure por "As Aventuras de Naty", será um enorme prazer tê-los conosco dando uma força para a votação para da publicação da série. Por isso peço-lhes o seu comentário sobre o que você achou no Blog.




Me ajudem a divulgar este romance a seus amigos e amigas.


Muito obrigado por sua opinião e carinho


José Henriques Martins (Rick)


Autor






**** Importante: Os nomes aqui nessa história são homenagens a amigas e amigos que de alguma forma me apoiaram neste projeto, mas o tema que cada um vive aqui é pura ficção, não tendo nada de real sobre os mesmos.






Autor: José Henriques Martins (josehenriquesmartins@gmail.com)


Série: As aventuras de Naty

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